quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Ciclo..

Translúcida e refrescante tua presença
É qual elixir com apenas teu contato;
Se escorres amaciada e não rebentas
Lava a alma, lava o corpo e viro pato!

Na brancura das telas que representas
Enche os olhos no frescor da poesia;
Límpida tu voltas dos céus isentas
E a natureza te retoca com maestria.

Assim são os ciclos das águas sedentas
Cobrem o planeta do limo que alimenta
Robustece de vida que então floresce.

Como a esperança que se acrescenta
Quando o hino do amor se apresenta
Retoma a felicidade que se merece.

Ciclo de água e amor..



terça-feira, 13 de outubro de 2009

Se tocasse o telefone:Oi, é você?


Se o telefone tocar...

Meu telefone está mudo de tua voz
Já não escuto as tiradas de gracejo
o que ficou no emaranhado de nós
foi o silencio dessa voz que desejo.

Meu telefone calado é como algoz
Nem canaliza sacadas desse ensejo
Ficar sozinha entediada é tão atroz
dilacerada na memória de um beijo .

Mas se tu tocas de repente o celular
deixas recado no orkut sem receio
ou simplesmente envias um e-mail,

terei o som mais bonito de escutar
lerei na letra que dirá que você veio
para abraçar-me afagada no teu seio

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Amar sem...


Amar sem Doer

Se a força de um amor fosse bastante
ao se bastar não precisasse receber,
talvez quem sabe a busca incessante
por ser amado não gemesse por doer.

Se amar fosse apenas uma constante
que por se dar inundasse nosso viver,
de tão farto o coração de um amante
não beberia mais na fonte do querer.

E sem as lágrimas de amores sofridos
e nem mais mágoas de amores doídos,
alguns versos poderiam ser irônicos.

Pois deixar de sofrer por consentidos
sentimentos dos amores referidos
só poetas amariam amores platônicos!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Se o tempo parasse, se...

Não queria perder-me no tempo.
O tempo que ilude
No tempo de sonhar,
o tempo da boa saúde
Que explode no tempo de amar.

Queria ver as coisas que tento
E sonho para nunca acabar.
Sem a pele que envelhece
O desejo de amar
Reanima, entorpece e aquece.

Ah o momento eterno do agora!
Momento com feitio de felicidade
Aquele que não lembra dos foras
O quanto se curte na jovialidade.

Se o tempo parasse, se.
Se jamais se cansasse, se.
Se o se canalizasse
Sem medo e apenas bastar-se.

Se o turbilhão de imagens
Movidos por sentimentos crus,
Inundados de miragens
Dos olhos que vagueiam nus,
Retrocedessem no tempo
Para do tempo não se perder,
E quando o tempo chegasse
Fosse ao lado de você.

Seria mais fácil
Bem mais fácil
Envelhecer.




sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Para beijar-te como ja beijei...

Continuo postando minhas poesias, nessa retrato meu lado romântico,outras, o lado cético que aflora nas letras agnósticas que escrevo.

Para beijar-te...

Onde coloquei você que de mim sumiu
meus caminhos já não cruzam os teus.
Dantes, tão próximo minha visão te viu
agora misturado a tantos desapareceu.

Olho a rua vejo esquina para me trazer
a sombra, um vestígio de quem só amei.
Nos acasos da vida espero acontecer
O exato momento de gritar: “Te achei”!

Devo ter te escondido atrás de um muro
Deves ter passado num instante perdido
E quem sabe, sem saber, contigo cruzei...

Mas se quero ver-te é porque procuro
Bem no fundo D’alma meu amor antigo
Pra beijar-te a boca como já beijei.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Porque também sou astro!

Explosões, clarões, cachos de astros
No breu, raios gamas incandescentes;
Colisões, partículas tal qual mastros
Iluminam o céu de galáxias luzentes.

Além dessa cósmica dança de rastros
E longe de atmosferas efervescentes;
O azul celeste espalha-se num lastro
E brancas nuvens fluam indiferentes.

Quando a natureza expõe suas cores
Iluminada pelo sol que tão aquece
Os olhos firmam meu campo vasto.

Olhando o espaço sem ter divisores
Descortinada a visão que embrutece
Revelo-me que também sou astro!

domingo, 2 de agosto de 2009

Noite alta céu risonho...


Luar de Serenata...

Quero postar a letra de uma belíssima canção. “Noite Cheia de Estrelas” com autoria de Candido Neves, o Índio. Gravada por Vicente Celestino em 1932 no lado B do disco Columbia. Um magnífico poema em forma de serenata. Tomara que gostem tanto quanto eu! Pois é, tão cética em relação ao amor apaixonado,escrevendo mais na linha da minha busca pessoal ou apologias ao universo, me rendo a poesias apaixonantes dos poetas enamorados.

Noite cheia de Estrelas...

Noite alta, céu risonho
A quietude é quase um sonho
O luar cai sobre a mata
Qual uma chuva de prata
De raríssimo esplendor
Só tu dormes não escutas
O teu cantor
Revelando à lua airosa
A história dolorosa
Deste amor.

Lua, manda tua luz prateada
Despertar a minha amada
Quero matar meus desejos
Sufocá-la com meus beijos
Canto
E a mulher que eu amo tanto
Não me escuta está dormindo
Canto e por fim
Nem a lua tem pena de mim
Pois ao ver que quem te chama sou eu
Entre a neblina se escondeu.

Lá no alto a lua esquiva
Está no céu tão pensativa
E as estrelas tão serenas
Qual dilúvio de falenas
Andam tontas ao luar
Todo o astral ficou silente
Para escutar
O teu nome entre as endeixas
Nas dolorosas queixas
Ao luar.

Um poema de Vinícius...

Eis uma maravilhosa poesia de Vinícius de Morais. Entre tantas, essa, é minha preferida. Talvez por ser o tema, a maneira de amar além, muito além e continuar amando até que não haja mais além.

Os Acrobatas....Vinícius de Morais

Subamos!
Subamos acima
Subamos além,
subamosAcima do além, subamos!
Com a posse física dos braços
Inelutavelmente galgaremos
O grande mar de estrelas
Através de milênios de luz.

Subamos!
Como dois atletas
O rosto petrificado
No pálido sorriso do esforço
Subamos acima
Com a posse física dos braços
E os músculos desmesurados
Na calma convulsa da ascensão.

Oh, acima
Mais longe que tudoAlém,
mais longe que acima do além!
Como dois acrobatas
Subamos, lentíssimos
Lá onde o infinito
De tão infinitoNem mais nome tem.

Subamos!
TensosPela corda luminosa
Que pende invisível
E cujos nós são astros
Queimando nas mãos
Subamosà tona
Do grande mar de estrelas
Onde dorme a noite.

Subamos!
Tu e eu, herméticos
As nádegas duras
A carótida nodosa
Na fibra do pescoço
Os pés agudos em ponta.
Como no espasmo.

E quando Lá,
acima Além,
mais longe que acima do além
Adiante do véu de Betelgeuse
Depois do país de Altair
Sobre o cérebro de Deus
Num último impulso
Libertados do espírito
Despojados da carne
Nós nos possuiremos.
E morreremos
Morreremos alto,
imensamente
IMENSAMENTE ALTO.

Sonhei...


Apenas Sonhei com Você!

Nada diferente, nenhuma lembrança lembrada
Nem ao menos pensei no desejo de te rever;
Fui dormir como sempre, só por sono mais nada
Embrulhada tranquila no leito para amanhecer.

Não ouvi uma música ou fotos de te guardada
Nem senti solidão, nem demorei a adormecer;
No aconchego dos panos com cabeça apoiada
Travesseiros e relaxada fui dormir por prazer.

Sono zen, sonhos vêem, sonhos sem noção.
Com cores fluidificadas, amorfas, sem nexos.
Amanhece outro dia,do sonho nada mais sei.

Mas essa noite sonhar por fim não foi em vão
Mais luzes, cheiros, vozes em meus reflexos.
Detalhes de você lembrei-me quando acordei.

sábado, 1 de agosto de 2009

Lua


Oh lua...

Essa música é do ano de 1913 e foi cantada pelo cantor Roberto Roldan com selo de disco da Odeon. Depois editada na revista Chuá em 1914. Os versos não estão completos porque não há registro certo. A música foi interpretada no palco pela atriz Abigail Maia no teatro São José na Praça Tiradentes no RJ, depois pelo cantor Vicente Celestino. É uma paródia aos versos de Hermes Fontes “Manhã d’Abril”. Fez muito sucesso no Brasil e meu avô gostava de cantá-la nas reuniões em família. Trazem-me lembranças das festas e reuniões dos tios e primos enquanto o coro de todos acompanhava a voz do meu avô Joaquim Caminha de Sá Leitão. Lindas recordações.

Oh lua cheia...

Oh lua cheia!
Cheia de graça
Esse teu bojo
Está repleto de cachaça;

Apague a luz
Sem ninguém ver,
Abre-te ao meio
O teu recheio
Tô danado pra beber.

Tu não és mais
Que um garrafão,
Aqui me tens
Em sacra-santa devoção.

Oh vagabunda lá do espaço
Abre teus braços
No mesmo passo

Vamos tomar
Um formidável bom pifão.


Lua pau d'água
A minha mágoa
É não me ver
No alambique a noite inteira,
Tendo a ti por companheira
Na sempre eterna bebedeira
E na ressaca habitual.
Oh lua amada
Vou procurar um bom
Lugar pra descansar,

Antes que o tal guarda-noturno
Que é malvado sem igual
Venha aqui destruir meu recital.
Por ti oh lua
Nem água Arrais

Só bebo chumbo
Derretido e peço mais;

Me encontrarás no botequim
Fiel ao que te prometi
De que não bebo nunca mais
De hoje pra trás...

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Teus Olhos...


Teus Olhos Azuis

Vazadas luzes frecham teus olhos azuis
Como um caleidoscópio intrínseco colar;
Vias insondáveis de reflexo que me aluís
Dá dor de barriga e tremo só em pensar.

Vagueio fremida insonte busca dessa luz
Tal qual insectos que insistem em brilhar;
Por noites delongas em versos compus
Teus olhos de anil que flecham meu olhar.

Demonstrando sentimentos que só expus
Gerando energia química que espalho no ar
Meus nervos entram em choque. Ai,oh dor!

Mas é por causa dessa dor que eu impus
Flertar teus olhos até de tão olhar cansar
Que vou renomear esse enfoque. Amor!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Universo de Ilusão...


Ilusão do Universo...

Enquanto não se descortina o universo
Passo o tempo esforçando-me a pensar;
Leio livro, jogo cartas e faço um verso
Cruzo palavras ou ponho-me a navegar.

Sei que não adianta ter muitas opiniões
Gênios que acham se perdem por achar;
Tanto foi descrito retocado em versões
Ainda precisam bem mais para teorizar.

Se o universo é uma tremenda ilusão
Que só existe quando apenas observamos
Iludidos na beleza imensa de imaginar.

Como um holograma nos trai na visão
Não está no lugar que exato focamos
Mas extasiados continuamos a buscar.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Vem...


Vem...

Vem,sente o vento
A carícia que lambe teu corpo.
Vem, sente o tempo
Que parou esperando no porto,
Vem e senta-te
Bem diante de um ponto qualquer,
Vem e espera
O momento de ver o que é...

Relaxe um pouco
Com a luz penetrando no topo,
Pense nas cores
Que pintastes teus sonhos de amor,
Seja o maestro
Desses sons que ninaram teu ego,
Vem e espera
O momento de saber o que quer.

Rastros de mil viagens que andaste
Como um cometa rasgando o espaço,
Raios de luz seguem eternamente
Servem de guias, redutos da mente.

Drible o cansaço e comece outra vez
Deixe o desejo invadir teu convés
Sinta apenas esse instante de novo
No momento exato de ser o que és!

Teorias Verdadeiras...


Teorias...

Se Bilac ouviu estrelas do infinito
E Blake segurou o infinito na mão,
São pensamentos poéticos bonitos
De antagônicos poetas em versão.

Se Jung sentou-se na pedra e disse:
Sou inúmeros Budas na meditação.
Lewis cruzou horizontes com Alice
Transpondo universos em questão.

Como o Mago posso ver tamareiras
E o meu deserto fica cheio de oásis
Ao ler tantas teorias alvissareiras.

E quando Hawking ensina da cadeira
Padrões do universo no céu de Osíris
Mitologia é poesia, teoria verdadeira!.

domingo, 26 de julho de 2009

Modificando...


Quem sabe os céus se recriem
Mudando a estrutura dos átomos,
Transformando bósons e hádrons
Fotos e os fatos
Sem esperar pelo acaso.

E num grandioso acidente
As formas imitem Picasso
Dissolvem o óbvio presente
Entoam um novo compasso.

Passo a passo, planejando
Apoteose plena
Concluo pasma:
-“Eu posso!”

Rasgo todo o espaço
Transcendo qualquer espelho
Cromo luminosas aquarelas
E tetos de vidros, destelho.

E todo meu instinto
Todo meu desejo,
Tudo o que sinto
Memória do seu beijo,
Toda minha carne
Volição da minha alma,
Toda minha arte
Que expressa minha dor,
Transformam-se.

Êxtase, júbilo instante
Nesse meu amanhecer.
Serei guardiã dos meus olhos
Cujas vias por um céu dourado
e poeticamente modificado
trarão você!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

OS SAPOS...

O poema OS SAPOS está na obra “Carnaval” de Antonio Bandeiras. É uma sátira aos poetas parnasianos que valorizavam somente a forma e o ritmo ao fazer poesias. Foi declamado por Ronald Carvalho na noite de 18 de fevereiro de 1922 na abertura da semana de arte moderna no Teatro Municipal. O sapo-tanoeiro seria Olavo Bilac, o sapo cururu, Ronald de carvalho. Gosto muito desse poema-piada...

Sapos, Um poema satírico...


Os Sapos...

Enfunando os sapos
Saem da penumbra
Aos pulos, os sapos,
A luz o deslumbra.

Em ronco que aterra,
Berra o sapo boi:
-“Meu pai foi à guerra!”.
-“Não foi!” -“Foi!” –“Não foi!”.

O sapo tanoeiro
Parnasiano aguado
Diz: “meu cancioneiro”.
É bem martelado”

Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.

O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.

Vai por cinqüenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A formas e forma.

Chame a saparia
Em críticas céticas:
“Não há mais poesias
Mas há artes poéticas “...

Urra o sapo boi:
- “Meu pai foi rei”! – “Foi”!
- “Não foi”! –“Foi”! -“Não foi”!

Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
-“A grande arte é como
Lavor de joalheiro.
Ou tudo bem de estatuário
Tudo quanto é belo
Tudo quanto é vário
Canta no martelo”.

Outros sapos-pipas.
(um mal em si cabe)
Falam pelas tripas:
-“Sei”! – “Não sabe”! – “Sabe”!

Longe dessa grita
Lá onde mais densa
A noite infinita
Verte a sombra imensa;

Lá, fugindo ao mundo
Sem glória, sem fé,
No perau profundo
E solitário, é.

Que soluças tu
Transido de frio,
Sapo-cururu
Na beira do rio...




terça-feira, 21 de julho de 2009

Meus Quinze Anos...


Sapatinhos

Tão distante quanto meus quinze anos
Quando os passos valsavam sonhando,
Eu deslumbrada e perdida nos planos
Por um amor que surgisse me amando.

Com meu vestido de bordados brancos
Esvoaçante como meu coração pulsando,
Os olhos estrelados nos sorrisos francos
Entre os hormônios de desejos vibrando.

Mas o tempo desse amor que sonhava
Com beijos ardentes tão apaixonantes
Dissolveu-se na roda das ilusões vividas.

Sem os dias em que o coração valsava
Nem cortejos ou sapatinhos cintilantes
Não voltam mais as emoções perdidas.

domingo, 19 de julho de 2009

Estações...


Música: Estações em Versos

Folhas de outonos
Copas que renovam,
Estrelas nos sonos
Sinos que acordam,
Pincéis que cromam
Páginas de vitrais,
Sonhos que proponham
Não abandonam jamais...

Frescor de primavera
Cores teatrais,
Flores nas janelas
Sombras nos quintais,
Risos de crianças
Desejos e quimeras,
Doces de lembranças
Idas, vindas e cais...

Tempo de hibernar
Quando a chuva cair,
Se começar a nevar
Não precisar sair,
Vendo o inverno passar
Tomar chocolate e açaí,
Nem pensar num lugar
Quando o lugar é aqui!

E quando um raio de sol
Anunciar o verão,
Abrindo os braços no vão
Da sacada do corrimão
Festejando em prol
Alegrias do coração,
Serei como rouxinol
Saudando a nova estação.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Giro


Girogirando

Girogirando nos elétrons com meu spin
Seguro as rédias conduzindo-me ao léu,
Desespiro células que estruturo de mim
Retrocedo-me no tempo que criei o céu.

Retricotando o corpo não chega ao fim
Enpurro as vênias descortinando o véu,
Nas células procuro tintim por tintim
Meu reverso néxo que me leva ao neo.

Mas o neo é velho quando penso assim
Pois na mecânica essa verdade se destrói
Ante os padrões que pensamos existir.

E ser partícula girogirando com o spin
No vasto mundo sem o saber me dói
Ver realidades que não quero assumir.

E quando penso no céu desses, outrossim,
Vou desdobrando a parte que se constrói
Da teia estendida que estiquei de mim.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Dormindo...


Pensamentos Profundos...

Eis alguns dos pensamentos mais bonitos e reveladores no meu ponto de vista:

“Nasci ao mesmo tempo em que as dez mil coisas e as dez mil coisas são uma comigo”!
“Não se pode machucar uma flor sem estremecer uma estrela”
“Quando se vai sempre em frente não se vai muito longe.”
“Tudo que é, foi e será existe, eternamente”.
“O pensamento é o construtor, somos o que pensamos”.
“Os mais bonitos estão sempre mais longe”.
“Se você pensa que pode ou pensa que não pode, de qualquer maneira você está certo”.
“Se quiser ter uma flor verás a beleza dela murchando”.
“Esse é o mais significativo entre todos: Eu era um tesouro escondido, então, para que fosse encontrado, criei o mundo”.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Árvores

Sempre tive paixão, uma fascinação por árvores. Quanto mais altas e imponentes mais admiro. Fico deslumbrada olhando-as. No silêncio elas me falam. Vejo seus galhos gesticulando para mim. Interajo com seu enorme campo. Por isso escrevi um pequeno poema com intenção de homenagear essa testemunha da natureza

Árvore...







Árvore Rainha...

Árvore Rainha

Magnífica árvore que se espicha
braços abertos para a natureza,
estica os galhos e se espreguiça
abrindo brotos de muita beleza.

Nos veios tua seiva reverbera
porque da flora tu és a rainha,
enorme troca em mim reitera
também na seiva das veias minhas.

Com os verdes da tua roupagem
pousas vaidosa para fotografias
fotos são sínteses na tua imagem.

Abro os braços em tua homenagem
me curvo a certeza de tua fidalguia
reintegro a beleza dessa miragem.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Árias de Sinfonias


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Árias de Sinfonias

Em princípio uma nota .
No segundo seguinte,
duas notas, outra e mais outra
sucessivamente soantes
simultaneamente somando sons...

No toque da corda
o acorde sônico,
semeando sempiternos tons...

O universo é assim.
Sinfonia.
Sublimável página de Schuber,
Ave Maria.Divina harmonia.

Matéria prima da mente, o cosmo
flui em cordas teóricas.
Essência e padrão de interferência
da luz,é o que vemos...

Oh Vênus! Meu amor é sensorial
senciente, semoto sem palavras
mas existe de fato!
Seus acordes estendem-se
deslizantimente nas pautas
que há eras zarpam,
qual velas singrantes
e eclodem no peito
lágrimas mais belas dessa melodia
que acaricia minha emoção.

Uma nota só, sol de solidão.
Um gemido de dor
sufocando meu amor que navega.
Quem sabe aporta
num planeta bem distante,
onde abraços de amor
não afrouxam jamais,
então, como anéis eternos,
o universo será elos de árias
de sinfonias imortais.



domingo, 5 de julho de 2009

Esse trocadilho encanta-me...




Música:Eu em Canto!

Eu em canto!

Persigo um canto!
Um cantinho só pra mim.
Que tenha cortinas de vidros
encantos em cantos bemol
que iluminem de prismas
os raios que primam do sol.

Persisto em busca do canto!
Que eu possa suprimir o soluço
se a dor me vier apanhare
todo sentido que aguço
me chegue no tom de escutar
um canto para acalmar.

Preciso olhar o espaço
no passo compasso da rima
um canto mirante a mirar
estrelas que meu sonho anima
e trazem nos traços do olhar
o amor que minha alma lima.

O canto que eu canto me encanta
se encontro o recanto que canto
e tento encontrar.

Me canta! Talvez eu vá...

sábado, 4 de julho de 2009

Mel


Música: Mel de Mim

Adejando sobre as flores
senti um perfume pairar
lembrança dos amores
um jeito de identificar,
e nesse jardim tão florido
às vezes eu posso voar
entre pardais coloridos
e todos os bichinhos do ar.

Abrumo e fico tão triste
eles não são assim
com seus corações apressados
não olham seus próprios jardins,
nem voam como os colibris
não param em momento algum
nem sabem que existem em todos
e todos são apenas um.

Nesse meu canto de cores
com todos a rodopiar
cantando esquecem as dores
e podem até flutuar,
nesse recanto de flores
rosas. orquídeas e jasmim
eu sinto o cheiro e o gosto
do mel que deixastes em mim.

Música: Noutra Canção...


Noutra Canção...

Num momento eu reflito
Só pensando em compor
No idílio meu retiro
O instante que estou.
E num tilti eu te digo
Já sei como vou fazer
Entre rostos que persigo
Procurando por você.

Noutra canção de amor
Posso te encontrar
E seja onde for
Sigo a te procurar.
E nesses versos com ardor
Que canto pra te encantar
Declarando-me só por ti
Quero me apaixonar.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Sou Poeira...


Poeira das Estrêlas

Cósmicas moléculas formadas nas galáxias
mistura heterogênea que me desencadeia,
quando expandem nas fornalhas dessa ceia
puxo a cadeira como se pudesse vê-las!

Misturando os glóbulos das minhas hemácias
refogadas com entranhas das minhas teias,
viro sopa do universo, parte dessa massa
e quando explodo, sou poeira das estrelas.

Mas antes, bem antes dos sentidos aguçadoso
que seria? Estaria ao léu nossa consciência
disforme e entregue aos pensamentos nus?

Antes, tão antes dos deslumbres apurados
o que era verdade?O tao, o céu ou a ciência?
Prefiro ser como Blake e como os sábios hindus...

Puxa a cadeira e senta-te aqui também tu!

Cartas...


Nas Cartas do Tarô

Nas Cartas do Tarô

No mundo das cartas, o reino da mente.
Trajetória antes mesmo de virar semente
que germina inconsequente gesto Louco
sem medo ou ânsia tresloucado e mouco.

Com dedos joga os dados aleatóriamente
sente-se o Mago de tão desejo ardente,
sem reino de Imperador ou Papa.Em ouro
faz do Carro as rédeas por um tesouro.

Mas Enamora-se. Qual o caminho seguir?
Qual estrada se a Roda não pára um pouco
e a Estrela oculta-se na Lua e no Sol do dia?

E agora? Será que achou o caminho de ir?
Sem Julgamento o Mundo se torna Louco
recomeçando um novo ciclo que se inicia.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Perfume


Perfume de Amor

O cheiro é bem mais que um aroma
é um jeito de interagir que resume.
Vem na química da pele e proclama
ter um quê no reagir quando acume.

O que exala do corpo é feito chama
que espalha-se como fosse perfume.
Atrai sedução na porção e derrama
tempero no abraço que se consume.

É como sorver uma fragrância do céu
o perfume de amor no odor escolhido
é qual manjar de um beijo absorvido.

Sendo atraído como abelhas ao mel
o desejo alquímico vem constituído
da mais declarada flecha de Cupido.

Memética

Memética é a ciência que estuda os vírus da mente, os memes. Tudo aquilo que foi aprendido durante a vida como realidade absoluta. As informações adquiridas desde a infância estão enraizadas sejam elas de cunho pessoal, cultural, social e religioso. Tudo são memes. Nada precisa ser do jeito que pensamos que seja. Apenas seguimos nosso aprendizado fazendo dele uma verdade total. Só abrindo a mente criaremos novos atalhos e ampliaremos nossas realidades multiplicando possibilidades. Portanto, acredite para ver. Crie um MEME!

Quântica


Romântica Quântica...

Inepta e insólita
sustentação de paciência.
Instante de inércia bucólica
explosão da minha carência
que me azucrina a mente.

Só entendendo e sendo
ativista quântica!
Posso olhar romântica
anulo minha memética,
troco minha semântica
e passo ser menos cética.

Então,
toda essa opressão desintegra.
Fluo na canção holística
do universo.
Gero-me e quero-me.
Reproduzo a maior sintonia
do mundo que eu mesma
impero!
Portanto, sou atéia ativista

uma romântica Quântica!

terça-feira, 30 de junho de 2009

Mirela e Doce Aventura


Mirela

Mirela. A bela cantora que deixou a banda de forró Desejo de Menina está agora investindo no carreiro solo. Sua nova banda Doce Aventura já está fazendo shows. Lançamento Somzoom .
Sucesso doce Mirela!

O caminho

Li o Pequeno Príncipe com o professor na sala de aula. Estudamos todo o livro nas aulas de literatura. Encantei-me com o deserto de Exupéry e com sua fonte. “O deserto é bonito por que existe um poço em algum lugar”. Como foi bonito também o deserto de Paulo Coelho “Para o homem sorrir com as tamareiras”. Assim nasceu a poesia Até a Fonte porque significa uma caminhada até o objetivo final. Passo a passo...

Até a fonte


Passo a passo...

Açodadas vias percorremos na vida
na pressa exaustiva de um dia chegar
melhor seria retardarmos essa corrida
na ilusória beleza que o amanhã virá.

Partilhar o caminho é a única saída
os lados dos leitos temos à observar
a estrada se estica sem ter retraída
com certeza parando chegaremos lá.

Quando um mestre em seu livro falou
como um príncipe: "Melhor é parar.
Só em frente não se vai muito longe!"

Do Vôo Noturno quando o dia clareou
andou o deserto com tempo pra gastar.
Cada passo, mãos no bolso, até a fonte

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Lua


A lua é dos namorados...

Lua Ilumina...


Lua nova e bela que toda se ilumina
refletindo do sol luz e curva do espaço
revelando com tua meiga aura feminina
comunhão com a hóstia do teu enlaço.

És tão altiva, mas teu posto determina
pratear a terra. Diz-me como eu faço.
Se coroas a rosa sem a cruz me ensina
colher todo amor através de um abraço.

Lua pulsante repousada nesse teu céu
fantasia instigante do poeta enamorado
na amplitude que desenhas teu traçado.

Desças do palco e descortina esse véu
empresta um pouco o teu raio iluminado
quero compor sinfonias pro meu amado.

Pra beijar-te como já beijei!

Pra beijar-te...

Onde coloquei você que de mim sumiu
meus caminhos já não cruzam os teus.
Dantes, tão próximo minha visão te viu
agora misturado a tantos desapareceu.

Olho a rua vejo esquina para me trazer
a sombra, um vestígio de quem só amei.
Nos acasos da vida espero acontecer
O exato momento de gritar: “Te achei”!

Devo ter te escondido atrás de um muro
Deves ter passado num instante perdido
E quem sabe, sem saber, contigo cruzei...

Mas se quero ver-te é porque procuro
Bem no fundo D’alma meu amor antigo
Pra beijar-te a boca como já beijei.

domingo, 28 de junho de 2009

...do espaço


Música:Rimas do Espaço

Subindo além no espaço
Talvez eu possa encontrar
O eco dos versos que faço
E ensine você me escutar
E lá do infinito eu traço
Caminhos pra você seguir
E entre as estrelas
Que raiam teus passos
Você descortina
O que canto daqui.

Será cintilante o caminho
Que faço você percorrer
Porque chegando pertinho
Eu sei que você vai me ver,
Por isso eu lanço pro alto
As rimas que faço daqui
Quem sabe tu vês entrelinhas
Os beijos que mando pra ti.

Vem amor vem me amar
Até a estrela do amanhecer,
Vem amor vem escutar
Eu canto pra cantar você.

Linda Goodman...

Linda Goodman. Seu verdadeiro nome era Alice.A mais mística, a maior guru que existiu, a grande escritora americana dos esotéricos, minha simplória homenagem. Por ter sido você quem escancarou meus olhos e aguçou meus ouvidos para ouvir as melodias esquecidas do universo. Linda,onde você estiver, muito obrigada.

Cantando Fantasias


Cântico do Universo

Hoje o universo cantou para mim
Acordes toaram feitos bandolins
Nas cordas da minha emoção...

Hoje acordei cantando assim.
Os ritmos que são puros festins,
explodem em luzes do coração...

Nessa manhã o sol é querubim
trajado de Anjo, Arcanjo e Serafim,
harpeando para alegrar o meu dia...

No cântico do melodioso universo
entrego-me em prosas e versos
e sou tragada por suas melodias.

E sob um céu maravilhoso e belo
ao léu dos ventos e tantos acasos
ensaio cantado minhas fantasias...

Alice


Eu ou Alice?

Solumbrava e Alice lubriciosa
Em vertigiros persondava as verdentes,
Por delongados caminhos de rosas
Em lúmbrias reflaneias nascentes.
Solfejando um poema nonsense
Saltando pedras em poses mimosas,
segue Alice, desgrenhada e contente
Maravilhada nas fontes viçosas.
De repente Tweedleden disse-lhe:
-Você pensa ser Alice
mas é só o sonho dela!
Sonho acorda, aconselho
pois olhando-me no espelho
eu me vejo na janela...

Desvendando Alice...

Ganhei meu primeiro livro em 1958 como presente de aniversário de uma querida tia falecida aos 22 anos de choque anafilático. Anos depois recebi também de um tio um outro livro. A Abelhinha Feliz e Alice no Reino dos Espelhos me acompanharam por toda a infância. Ainda os tenho bem conservados. Alice me encantou com sua saga no espelho, mas só adulta fui perceber a importância dos livros de Lewis Carroll. .Matemático e físico, Carroll usou e ousou escrever com simbolismos e neologismo uma magnífica obra nonsense. Os livros de Alice despertam ainda curiosidade de cientistas com tantas interpretações. Na minha modesta leitura entendo que o chá do Chapeleiro é alucinógeno e ao mudar de lugar a mesa, recomeçando novamente a beber o chá, forma-se um ciclo vicioso tal qual a Roda da Fortuna ou I Ching das mutações. O sorriso do Gato de Sheshire é uma passagem como um buraco de minhoca para universos paralelos como enfatiza o notável cientista Hawking. Assim vou redescobrindo nas entrelinhas e nos poemas fantásticos, revelações que instigam meus pensamentos a escrever poemas cuja lógica assemelha-se a leitura que entendo da vida e do universo.

sábado, 27 de junho de 2009

Jung


...então Acorde!

Hoje é dia. Acorde!
O chapeleiro dorme
sobre o chá alucinógeno
mas muda de cadeira.
E você?
Preso e atolado
ao século repassado.
Você está atrasado!
Por que
inconseqüente consciente
se deixa levar?
Alô Barbarela,
onde mora tua filosofia
holística e bela?
Esqueça noticiário
os bizarros comentários
com tanta violência.
Esqueça a coletiva demência,
cultos sem nexo,
e apologias ao sexo.
Parem as máquinas de maquinar.
Parecem decreto:
“Cortem a cabeça”.
Já não existe Robespierre
nenhum rei decretará.

Hoje é noite. Acorde!
O segredo não está nos autos
e nem tão alto.
Ele está aqui,
na frente do nariz!
Releia a cartilha
com um novo bê-á-bá
de modo reverso.
Receba nas linhas
dos versos de Gooberz
a mágica certeza.
O cosmo ziguezagueia
como bolas de bilhar.
A matéria prima
dessa visão imensa
é que você pensa.
Os passarinhos não cantam
porque estão felizes
eles são felizes porque cantam!
Então se encante.
Cante pra si, recante.
O mundo não está lá fora.
Não existe divisão,
então durma agora
não existe hora
mas é hora de acordar!


Universo,quem te cria?






Meu olhar se estende na imensidão que vejo
serão os meus olhos que captam o universo?
Talvez minha mente que projete todo ensejo
para compor todo deleito através de verso...

Se luzes viajam muito além do que prevejo
como saber se está em mim o que desperto?
Ao explicar que crio os céus eu me protejo
mas não saber nada mais o que sou, deserto.

Serão as moiras feiticeiras, serei eu ou Apolo?
Quem expandiu esse universo de tão magia
ou são deuses que contêm tudo que olho...

Talvez o sonho de um sonhador enamorado
que explodiu seu mundo em verso de fantasia
e me olhou para que eu o visse e fosse amado!

Sob o Domínio do Sol

Esse será o cantinho para acolher-me. Nele postarei Prosa, Poesias, Letras de músicas ou somente opiniões, comentários e até desabafos. Espero sinceramente agradar e receberei com carinho a visita de qualquer amigo leitor. O sol, astro rei dessa galáxia, irá guiar-me. Sou uma leonina regida pelo Sol. Que seus raios iluminem meus pensamentos!