quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Cosmo, uma obra de arte


Inenarrável, Inefável ,Imensurável

E todas as palavras de um dicionário,

Serão ineficazes para descortinar

O exuberante universo cósmico.

 

Inevitável esta questão insondável

Pois não há respostas deste berçário;

Por mais que tentemos decifrar

Inexiste um abrangente teor lógico.

 

Neste integralismo que somos parte

Neste pluralismo somos um encarte

No tabuleiro de um jogo de aparte.

 

Pensamos e preparamos o embate

Mas Todas as formas são um embuste

À magnitude desta obra de arte.

 

 

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Se rezar,melhor não ler...


Orar é uma forma de naufragar
Nos doídos aís que o corpo chora,
É como olhar pra dentro e surtar
Por diferir do lado que há de fora.
 
A beleza que transcende o luar
Encobre a noite que apavora,
Choram as almas de tanto rogar
O perdão que de tosco demora.
 
Seguir os passos que elabora
A doce ilusão de um esperar
Queixar-se do mal que recebeu,
 
É suplicar ao vazio que entorna
Uma falsa sensação de inebriar
A um Deus tão ateu quanto eu!
 
 

 

 

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Cosmo chapado...

 
Como num chá alucinógeno
Um momento sem reflexão
Repente de um cosmo ilógico
A matéria negra da escuridão.
 
Se “Ele” fosse entidade
Deveria estar drogado
Quando inventou o universo!
 
Sua criação estrambótica
Na mais alienada elucidação
Esbarra na senha exótica
De uma paradoxal dedução.
 
Toda perfeição interligada
Dessa grandeza exagerada
Não se explica com a razão.
 
Quanta construção na desconstrução!
Quanta perfeição na imperfeição!
 
O que precisa ser decifrado
Nas ondas exóticas de vibração
Quando nada se importa?
 
Olho com os olhos assustados
A mente do cosmo chapado
Na mais ignorante resposta.
 
- Sem responsa e sem aposta!

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Saber não saber...

Você quer o saber?
Tem certeza?
Você quer mesmo saber,
Espere sentado!
Sabe o que é sabedoria?
É não sentir-se sábio
Porque o saber não existe.

Quem sabe a tua utopia
É tentar compreender mais
Do que tua razão. Desiste!
Se aceitas as teorias
Estás apenas concordando
Com o que tentam explicar!
Quando a mente silencia
Os pensamentos desistem
Da confusão instalada.
A verdadeira resposta
Está onde a pergunta
Não foi formulada.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Ai de mim meu spin

Intrínsecas realidades
O olho não percebe,
Como numa quina dobrada
A outra porção desaparece,
O spin com alto volteio reage
Ao espaço-tempo,
A mente dispersa e alienada
Parece que não capta nada.
 
Como existem outras verdades
Além do palco que acontece,
A peça da vida é ensaiada
Iludida com o que não percebe,
O homem flutua perdido
No virtual aos sentidos
Com a mente limitada
O homem não entende nada.
 
Nebulosas de gases celestes
Formosuras em cores vitrais,
Atrai os olhos curiosos
De quem procura olhar mais,
Distrai-se nas belezas astrais
Da matéria que o céu risca
Sem saber o que há por trás.
 
Nas curvas do espaço-tempo
Outra imagem virginal,
Como holograma do spin
Noutra  dimensão espacial,
E nem tomando como exemplo
As mentes que ponderam demais,
O homem não está afim
Olha pro lado e enxerga mal.
 










 

 
 
 
 

sábado, 19 de outubro de 2013

Poeta das galáxias

 
No centro de uma galáxia
Rodeada de gases brancos
Comprimidos em espiral,
Há um horizonte de eventos
De um buraco negro.
 
Essa enorme Acássia
Envolta de tantos encantos
Atrai ao seio descomunal
Estrelas de todos os alentos
Sugadas por esse buraco.
 
Belo universo de cantos
Por que ignora o pranto
Que a natureza chora?
 
Oh universo estranho
O choro da tua entranha
Parece oração que implora!
 
Implora entender tua versão
Os tolos, os incautos, os vãos
E tantos estudos que estão
Na ordem e desordem do caos.
 
O que te define então
Senão uma excêntrica Acássia?
 
Meus admirados olhos dirão:
 
-Entenda sem explicação
Descreva  com o coração
E seja poeta das galáxias.
 
 
                                                   Mase
 
 
 

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

GRAVIDADE


Acabei de assistir ao filme GRAVIDADE. Confesso que esperava inundar meu olhar com fotos do espaço tiradas pelo telescópio Hubble. Filmado na atmosfera terrestre o filme se desenrola preso a nossa gravidade. Muitos efeitos especiais e um drama suspense fazem do filme um dos favoritos ao Oscar. É muito boa à atuação da Sandra Bullock e alguns chegam a comparar ao  NÁUFRAGO  com Tom Hanks. No entanto, o que me fascina, são as tiragens do cosmonauta perdido na imensidão, solto além das amarras onde o sonho dessa terrestre curiosa seria observar o espaço com todos seus encantos como no filme CONTATO com judie Foster. GRAVIDADE é um ótimo filme e valoriza nossa casa nosso chão. Vale a pena conferir.

domingo, 13 de outubro de 2013

Fascínio de ver a luz...


Fascínio de ver a luz
 Oh luz branca do sol,
Teus raios lúmenes
Estão nos fótons que libera.
Esbarrando na atmosfera
A refração tinge de azul
O céu da nossa terra.

Oh abóboda de farol
Teus reflexos iludem
Teu poeta, teu escritor.
A tela do teu pintor
Tinge teu firmamento
Azulando nossa esfera.

Luz que desnuda
A face da escuridão,
Luz que fecunda
Os brios do coração,
Responde a pergunta
Por que brilhas então?

Na negritude da matéria escura
Sem os fótons para alumina-la,
A quietude da antimatéria pura
Não há jeito de admira-la.
Onde jaz tua brancura?
Onde escondes tua luminária?

Como posso ver
Além do buraco negro
Se tu pintas de preto
Tua escuridão?

Como posso dizer
Em versos o teu segredo
Se escondes nos becos
Tua iluminação?

Só me resta a abordagem
No encanto que o brilho induz
E faço-me essa homenagem
Ao fascínio de ver a luz.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Sopas das estrelas?

 
Eu sou um mar químico em propulsão
Sou uma sopa de detritos estelares,
Sou do inicio do cosmo em combustão
Antes do pré-biótico surgido nos mares.
 
Sou aglomerado da matéria em ebulição
Sou carbono, oxigênio e veias capilares.
Que regam o cérebro, badalo do coração
E penso que me alojo nesses pilares.
 
Fato é que não existe um único fato
Que chegue a uma lúdica elucidação
Serei o que penso ou pensar é ilusão?
 
Talvez, quem sabe, apenas um regato
Aglutinada num cosmo em expansão
Feito sopa das estrelas, uma porção.
 
Claro que sim! Por que não?
 

domingo, 6 de outubro de 2013

Sobre familia com as palavras da minha filha...


Tenho uma família uma tanto quanto, digamos assim, diferente. Devem existir muitas por ai. Mas a minha é bem peculiar.

Sou a filha mais velha da minha mãe com meu pai. Tenho mais 4 irmãos, sendo que 2 deles são de meu pai com outras duas mulheres.  Exatamente assim: Tenho uma única irmã de pai e mãe. Meu irmão por parte só de mãe tem mais 6 outros irmãos por parte de pai. Desses 6, 3 são com uma mãe e os outros 3 com mães também diferentes.

 Engraçado foi juntar todos no casamento do meu irmão. No total éramos 10 no cortejo. Lá estávamos nós, todos glamorosos e sorridentes entrando na igreja para alegria de nosso irmão. Para completar o cortejo meu pai entrou como pai dele também, pois o pai biológico não estava na ocasião.

Mas é no aniversario do meu irmão é que a situação fica mais clara. Reunidos todos numa mesa enorrrme parece que fomos criados juntos. Que delícia de família!

Sei que parece complicadinho, mas para quem quiser explicarei pessoalmente, pois ate pra eu entender demorei um cadinho...

 Mas gostaria de dizer, que amo essa família como eu disse “peculiar” e que embora a bem diferente fomos bem criados por nossos pais e acolhemos um aos outros com alegria e irmandade. Assim seremos sempre mais ajustadas que muitas famílias tradicionais.

Beiijinhos

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Nebulosas

 
Na evolução química das galáxias
A estonteante luz das nebulosas,
Em forma de bichos ou acácias
E mais belas que jardim de rosas.
 
...“olha pro céu meu amor
Veja como ele está lindo!”
 

Não dá pra escapar da gravidade
Mas levanta os olhos da cabeça,
Desprende do chão tua realidade
Para que teu questionar ofereça.
 
... ‘salpicava de estrelas
Nosso chão”
 

A ponte que nos leva as estrelas
É mais que uma simples constatação,
Olhar para cima e percebê-las
Basta encontrar uma constelação.
 
Um deus mostra suas entranhas
Na luz das nebulosas e galáxias,
Nos gases alquímicos dos raios gamas
Sem maestria, mas com eficácia.
 
Que iluminam estradas estranhas
Que não se traduzem com falácias
Que são os berçários são as camas
Estelares de quaisquer raças.
 

E num pum gordo e sonoro
Que escapa no som dos cometas,
Te mostra o ventre e te dá colo
Te abraça nas órbitas dos planetas.
 
 
...“Oh lua cheia, cheia de graça.
Esse teu bojo está repleto de cachaça”
 
 
 

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O Violinista do Diabo


O esperado filme com David Garrett entrará em cartaz no Brasil só em 2014.

Pegando carona no som do David reproduro meu preferido poema.


Árias de Sinfonias

Em princípio uma nota.
No segundo seguinte, duas notas
e outra mais outra,
sucessivamente soantes
simultâneamente somando sons...

No toque da corda
o acorde sônico,
semeando sempiternos tons...

O universo é assim.
Sinfonia.
Sublimável página de Schuber, Ave Maria.
Divina harmonia.

Matéria prima da mente, o cosmo
flui em cordas teóricas.
Essência e padrão de interferência da luz,
é o que vemos...

oh Vênus! o meu amor é sensorial
senciente, semoto sem palavras
mas existe de fato!
Seus acordes estendem-se
deslizantimente nas pautas
que há eras zarpam, qual velas
singrantes e eclodem no peito
lágrimas mais belas dessa melodia
que acaricia minha emoção.

Uma nota só, sol de solidão.
Um gemido de dor
sufocando meu amor que navega.
Quem sabe aporta num planeta
bem distante, onde abraços de amor
não afrouxam jamais,
então, como aneis eternos,o universo
será árias de sinfonias imortais.

Sugestão de livro: "O Polegar do Violinista"


Sinopse desse livro:O jornalista Sam Kean conta a história da genética, de Mendel e suas ervilhas até os dias de hoje, em que exames de ponta são capazes de detectar doenças que poderemos desenvolver. Ele mostra como, em algum ponto no emaranhado de fitas do DNA, se encontra a solução de muitos mistérios da espécie humana. Dentre eles, a grande saga sobre o lugar de onde viemos e como evoluímos a ponto de dominar o planeta como nenhuma outra espécie havia conseguido antes.

Tudo isso entremeado a fantásticas narrativas protagonizadas pelo DNA: as mulheres grávidas que transmitiam câncer aos filhos ainda não nascidos; os sobreviventes de bombas nucleares; a morte precoce dos primeiros exploradores do ártico; o cientista russo que teria criado um híbrido de homem e chimpanzé; e até mesmo casos em que, como o do violinista virtuose Paganini, a ciência esclarece a arte.


Autor Sam Kean Editora Zahar.
Fonte. livraria da Folha de São Paulo

Esse assunto me interessa. Comprarei!

Nebulosas bipolares


Poucas coisas no Universo são tão bonitas quanto as nebulosas planetárias. Elas aparecem em diversas formas, mas a mais marcante é a que lembra uma borboleta, como na imagem acima. Pois bem. Estudando mais de cem dessas criaturas cósmicas na região central da galáxia, uma dupla de astrônomos acaba de fazer uma descoberta estranhíssima: as borboletas parecem todas bater asas na mesma direção.

São estrelas de pequeno e médio porte (grupo em que o Sol se inclui) que esgotaram seu combustível e sopraram sua atmosfera exterior para o espaço. O que resta no interior é um núcleo compacto, chamado de anã branca, e o bonito padrão colorido é resultante do espalhamento da antiga atmosfera estelar no espaço circundante.

Espalhamento do gás da nebulosa planetária pode ter diversas formas, inclusive a de borboleta (ou bipolar, como preferem os especialistas). Os cientistas esperavam que, independentemente do padrão formado, a orientação delas no espaço seria aleatória — dependendo exclusivamente do eixo de rotação do astro que as gerou.

(texto parcial tirado do blog "Mensageiro Sideral"

Essas imagens captadas pelo Telescópio Espacial Hubble me fascinam. O texto do blog citado da autoria de Salvador Nogueira, está no portal Folha de São Paulo de hoje 4/9 .Nele há mais detalhes.

domingo, 1 de setembro de 2013

Olhos de Porteira



Seguindo o braço de Orion
Entre Sagitário e Perseu,
Pra lá de Betelguese
A gigante estrela vermelha,
Está nosso sol ofuscado
Mas que lumia nossa ceia.

Tão longe de Épsilon
Nossa terra de azul tom,
Permeia entre Vênus e Marte
Arrastando a translação
Enroscada com a rotação
Numa emaranhada teia.

E da terra
No continente do sul
Num país, num estado,
Num município banhado pelo mar
Da varanda de um apartamento
Dois olhos olham o firmamento
A sonhar.

Sem ver todo o cosmo estrelado
Eles sabem o que está lá fora
E sentem num breve piscado
Como a luz é o claro da aurora
O brilho que tanto permeia
É o mesmo do antes e do agora.

Com o coração nos olhos
Abraça o cosmo que serpenteia,
Seus braços erguidos são galhos
O seu olhar uma porteira,
Aonde a vida vem desaguar
Como um rio nas suas veias.

sábado, 31 de agosto de 2013

Consultando o "Seu Dotô"




Dotô, tô com mucuim duído
Uma baita farta de ar,
Tô cum corpo todo muído
Naum posso nem rispirar.

Tenho os zóio nuveado
Um zumbido no zovido,
Sinto o bucho quebrado
Como se tivesse intupido!

Dotô, essa dô nas cadeiras
Tá tirano meu rebolado,
Que faço com essa bicheira
E esse bucho quebrado?

Essa murrinha no corpo
Me dexa com lundu danado,
Reimoso da carne de porco
Dá essa dô de viado?

Ah dotô, meu aperreio
É por causo desse ispinhaço,
Essa gastura, esse entojo
Diz dotô, o que é que eu faço?

Eu sei que o dotô vei de longe
Que andô mais de cem légua,
Se o Dotô não pode ajudar
Vixe maria, arre égua!

Dotô cubano me acuda
O senhô não sabe português?
Como vai intendê a consuta
Se eu só falo cearês?



sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Postes de Lampião..



Já não há mais amigos lampeiros
Para acenderem as ruas da cidade,
A luz chega iluminando letreiros
É nosso lembrete de modernidade.

Nem há canto choroso dos seresteiros
Que declamavam exalando mocidade,
Os acordes dos amores nos violeiros
Perdeu-se o tom, virou mediocridade.

Poetas apaixonados exaltando amor
Nos belos versos as musas amadas,
Sofria-se com o cotovelo a dor
Nostalgia nas lagrimas derramadas.

Onde foi parar o sentimentalismo
Que inspirava poetas apaixonados?
Robertos, Martinhos, Vinicius,
Amores platônicos, enamorados?

Sair à noite não é mais aventura
Na esquina escondem-se marginais,
E lá se vão às boas conjecturas
De curtir momentos especiais.

Estregar-se aos braços de Orfeu
Para ouvir a lira do coração,
Que saudades dos encantos do breu
Sob mal iluminados postes de lampião!





quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Velhice Idiota



Quando a velhice chega
Enrugando a pele,
Vai fazendo prega
Acentuando a idade
Será culpa da gravidade?
Ah, que maldade!

Já não dá
Para levantar o braço
A pelanca balança.

Já não há
Como acelerar o passo
Pois o corpo empanca

Nem pode- se fica bonita
Com a cara pintada
Parece que foi rebocada.

Não adianta Botox
O pescoço denuncia
Até se colar com epóxi!

O espelho engana
O cabeleireiro blefa
Mas o corpo reclama.

O que os olhos veem
O coração disfarça
E aja farsa!

Já não dá para tapar
As rugas com um chapéu,
Não dá para esconder
As mãos como um jabuti,
Nem vale usar um véu
A cara é de sapoti.

Nem uma coisa acalenta
Essa velhice idiota,
Porque depois dos cinquenta
Cada ano é um transtorno,
O viço da pele se nota
Só nascendo de novo!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Porque também sou astro!





Explosões, clarões, cachos de astros
no breu, raios gamas incandescentes;
Colisões de partículas tal qual mastros
iluminam o espaço de galáxias luzentes.

Abaixo dessa cósmica dança de rastros
e longe de atmosferas efervescentes;
O azul celeste espalha-se num lastro
e brancas nuvens flutuam indiferentes.

E quando a natureza expõe suas cores
Iluminada pela estrela mor que aquece
meus olhos firmam meu campo vasto.

Olhando o espaço sem ter divisores
Descortinada da razão que embrutece
Relevo-me que também sou astro!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

universo em xeque mate

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Se pudesse olhar de fora do universo
Decifrando jogos que se desenrolam,
Veria um enorme tabuleiro desperto
Pois de perto as peças se embolam.

Como colcha de retalhos ou um terço
Uma mesa de bilhar, ondas que rolam
Como letra que se unem para um verso
Fragmentos de uma louça que se colam.

Aqui de baixo fica tudo tão disperso
Caminhos se cruzam, mas não esbarram
Falta o toque,falta à sorte do encarte.

Se eu pudesse ver de fora este berço
Onde acontecimentos se entrelaçam
Percorreria a via do xeque mate