quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Astronautas, socorro!


Astronautas, socorro!

Lá vem a onda!
A trupe segue como boiada
Nos encalços do boiadeiro.
- Quem é ele?
- Quem?

Um torpe se tromba
Ante a fúria desvairada
De percalços e atropelos.
Sem saber por quê!
-Por que,
-Por quê?

Nas filas dos hospitais,
Nas pistas dos automóveis,
Em voos continentais,
Usando seus passaportes;
O vai,
O vem,
O vaivém
Dos desorientados.

Sem caminho pra chegar
O fim é a partida,
Nunca param de girar
Num circuito sem saída;
Da vida,
Na vida,
Vida!

Se houvesse uma faxina
Em ritmo de mutirão,
E limpasse essa latrina
Dos detritos da multidão?
Então,
O planeta que fascina
Nessa vasta imensidão
Descansava a quietude
Na amplidão...

Trombetas estridentes.
Nova Era, novas pautas.
Se eram os deuses astronautas
Eles virão novamente.
Socorro!