quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Como um nó, cego e acochado


Nunca sou temente a deus
Sou cúmplice!
Combinamos nos olhar
Dentro de nossas essências,
Ambos admirados,
Simplesmente associados
Sem haver diferenças
Sem nenhuma discrepância.

Não preciso orar alto
Basta escutar calada.
De mãos dadas
Seremos condutores
Ou apenas comparsas,
Desse mundo cuja graça
É apenas caminharmos
Sem percorremos distancia.

Entre os astros deste céu.

Nunca penso que sou menor.
O universo não estaria completo
Se eu faltasse!
Sei que faço parte dessa partitura
Criador tal qual criatura,
Diante desse cósmico templo
Todo tempo, sem relutância.

Inebriados neste farto coliseu
Estamos nos braços de Orfeu
Sou um reflexo repousado.

Irmanados neste apogeu
Eu e deus, sem deus
Como um nó, cego e acochado.




quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Cosmo, uma obra de arte


Inenarrável, Inefável ,Imensurável

E todas as palavras de um dicionário,

Serão ineficazes para descortinar

O exuberante universo cósmico.

 

Inevitável esta questão insondável

Pois não há respostas deste berçário;

Por mais que tentemos decifrar

Inexiste um abrangente teor lógico.

 

Neste integralismo que somos parte

Neste pluralismo somos um encarte

No tabuleiro de um jogo de aparte.

 

Pensamos e preparamos o embate

Mas Todas as formas são um embuste

À magnitude desta obra de arte.

 

 

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Se rezar,melhor não ler...


Orar é uma forma de naufragar
Nos doídos aís que o corpo chora,
É como olhar pra dentro e surtar
Por diferir do lado que há de fora.
 
A beleza que transcende o luar
Encobre a noite que apavora,
Choram as almas de tanto rogar
O perdão que de tosco demora.
 
Seguir os passos que elabora
A doce ilusão de um esperar
Queixar-se do mal que recebeu,
 
É suplicar ao vazio que entorna
Uma falsa sensação de inebriar
A um Deus tão ateu quanto eu!
 
 

 

 

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Cosmo chapado...

 
Como num chá alucinógeno
Um momento sem reflexão
Repente de um cosmo ilógico
A matéria negra da escuridão.
 
Se “Ele” fosse entidade
Deveria estar drogado
Quando inventou o universo!
 
Sua criação estrambótica
Na mais alienada elucidação
Esbarra na senha exótica
De uma paradoxal dedução.
 
Toda perfeição interligada
Dessa grandeza exagerada
Não se explica com a razão.
 
Quanta construção na desconstrução!
Quanta perfeição na imperfeição!
 
O que precisa ser decifrado
Nas ondas exóticas de vibração
Quando nada se importa?
 
Olho com os olhos assustados
A mente do cosmo chapado
Na mais ignorante resposta.
 
- Sem responsa e sem aposta!

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Saber não saber...

Você quer o saber?
Tem certeza?
Você quer mesmo saber,
Espere sentado!
Sabe o que é sabedoria?
É não sentir-se sábio
Porque o saber não existe.

Quem sabe a tua utopia
É tentar compreender mais
Do que tua razão. Desiste!
Se aceitas as teorias
Estás apenas concordando
Com o que tentam explicar!
Quando a mente silencia
Os pensamentos desistem
Da confusão instalada.
A verdadeira resposta
Está onde a pergunta
Não foi formulada.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Ai de mim meu spin

Intrínsecas realidades
O olho não percebe,
Como numa quina dobrada
A outra porção desaparece,
O spin com alto volteio reage
Ao espaço-tempo,
A mente dispersa e alienada
Parece que não capta nada.
 
Como existem outras verdades
Além do palco que acontece,
A peça da vida é ensaiada
Iludida com o que não percebe,
O homem flutua perdido
No virtual aos sentidos
Com a mente limitada
O homem não entende nada.
 
Nebulosas de gases celestes
Formosuras em cores vitrais,
Atrai os olhos curiosos
De quem procura olhar mais,
Distrai-se nas belezas astrais
Da matéria que o céu risca
Sem saber o que há por trás.
 
Nas curvas do espaço-tempo
Outra imagem virginal,
Como holograma do spin
Noutra  dimensão espacial,
E nem tomando como exemplo
As mentes que ponderam demais,
O homem não está afim
Olha pro lado e enxerga mal.
 










 

 
 
 
 

sábado, 19 de outubro de 2013

Poeta das galáxias

 
No centro de uma galáxia
Rodeada de gases brancos
Comprimidos em espiral,
Há um horizonte de eventos
De um buraco negro.
 
Essa enorme Acássia
Envolta de tantos encantos
Atrai ao seio descomunal
Estrelas de todos os alentos
Sugadas por esse buraco.
 
Belo universo de cantos
Por que ignora o pranto
Que a natureza chora?
 
Oh universo estranho
O choro da tua entranha
Parece oração que implora!
 
Implora entender tua versão
Os tolos, os incautos, os vãos
E tantos estudos que estão
Na ordem e desordem do caos.
 
O que te define então
Senão uma excêntrica Acássia?
 
Meus admirados olhos dirão:
 
-Entenda sem explicação
Descreva  com o coração
E seja poeta das galáxias.
 
 
                                                   Mase