quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Universo,quem te cria?




Meu olhar se estende na imensidão que vejo.
Serão os meus olhos que captam o universo?
Talvez minha mente que projete todo ensejo
para compor todo deleito através de verso...

Se luzes viajam muito além do que prevejo
como saber se está em mim o que desperto?
Ao explicar que crio os céus eu me protejo
mas não saber nada mais o que sou, discerto.

Serão as moiras feiticeiras, serei eu ou Apolo
quem expandiu nesse universo de tão magia
ou são deuses que contêm tudo o que olho?

Talvez um sonho de um sonhador enamorado
que explodiu seu mundo em verso de fantasia
e me olhou para que eu o visse e fosse amado!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Sede de Cachoeiras




Tenho sede de cachoeiras
Que jorram brancas espumas
Nas quedas sobre rochedos.

Tenho sede de cachoeiras
Que no silencio das drusas
Entoam a voz dos penedos.

Tenho sede das ribanceiras
Dos lagos alvos de escumas
Esparramadas no verde lodo.

Tenho sede verde turquesa
Verdes que vestem as plumas
Verdejantes da natureza.

O que posso fazer
Se meus olhos sentem sede?

Quisera ser mochileiro,
Passos soltos de liberdade
Mãos que abrem porteiras,
Caminhos sem infinidade,
Traspassando cumeeiras
Além dos muros da cidade.
Então,
Descansada da canseira
Vejo as pedras verde jade
Onde nascem cachoeiras.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Cosmo Chapado




Como num chá alucinógeno
Um momento sem reflexão
Repente de um cosmo ilógico
A anti-materia da escuridão.

Se “Ele” fosse entidade
Deveria estar drogado
Quando inventou o universo!

Sua criação estrambótica
Na mais alienada elucidação
Esbarra na senha exótica
De uma paradoxal dedução.

Toda perfeição interligada
Dessa grandeza exagerada
Não se explica com a razão.

Quanta construção na desconstrução!
Quanta perfeição na imperfeição!

O que precisa ser decifrado
Nas ondas exóticas de vibração
Quando “Ele” não se importa?

Olho com os olhos assustados
A mente do cosmo chapado
Na mais ignorante resposta.

Qual reponso se reporta?