quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Quando nasce um Poeta


E aí o verbo se fez verso.
No jeito de sentir as formas.
Tudo se tingiu de cores
Para ornar o pensamento.
E aí o homem viu-se emerso
no oceano de imagens que chora.
Todas as lágrimas de amores
Para falar de sentimento.
Então, nasceu o poeta.
Mas, antes de tudo,
Ser poeta é anotar
Um inesperado verso
Bem assim,
De improviso, no reverso,
Do guardanapo
De botequim.

domingo, 10 de outubro de 2010

sábado, 9 de outubro de 2010

Árias de Sinfonias

Em princípio uma nota.
No segundo seguinte, duas notas
E outra mais outra,
Sucessivamente soantes
Simultâneamente somando sons...

No toque da corda
O acorde sônico,
Semeando sempiternos tons...

O universo é assim.
Sinfonia.
Sublimável página de Schubert,
Ave Maria.
Divina harmonia.

Matéria prima da mente, o cosmo
Flui em cordas teóricas.
Essência e padrão
De interferência da luz,
É o que vemos...

Oh Vênus!
O meu amor é sensorial
Senciente, semoto sem palavras
Mas existe de fato!
Seus acordes estendem-se
Deslizantimente nas pautas
Que há eras zarpam,
Qual velas singrantes
E eclodem no peito
Lágrimas mais belas dessa melodia
Que acaricia minha emoção.

Uma nota só,
Sol de solidão.
Um gemido de dor
Sufocando meu amor que navega.
Quem sabe aporta
Num planeta bem distante,
Onde abraços de amor
Não afrouxam jamais,
Então, como anéis eternos,
O universo terá infinitas árias
De sinfonias imortais.