sábado, 1 de agosto de 2009

Oh lua cheia...

Oh lua cheia!
Cheia de graça
Esse teu bojo
Está repleto de cachaça;

Apague a luz
Sem ninguém ver,
Abre-te ao meio
O teu recheio
Tô danado pra beber.

Tu não és mais
Que um garrafão,
Aqui me tens
Em sacra-santa devoção.

Oh vagabunda lá do espaço
Abre teus braços
No mesmo passo

Vamos tomar
Um formidável bom pifão.


Lua pau d'água
A minha mágoa
É não me ver
No alambique a noite inteira,
Tendo a ti por companheira
Na sempre eterna bebedeira
E na ressaca habitual.
Oh lua amada
Vou procurar um bom
Lugar pra descansar,

Antes que o tal guarda-noturno
Que é malvado sem igual
Venha aqui destruir meu recital.
Por ti oh lua
Nem água Arrais

Só bebo chumbo
Derretido e peço mais;

Me encontrarás no botequim
Fiel ao que te prometi
De que não bebo nunca mais
De hoje pra trás...

Nenhum comentário:

Postar um comentário