terça-feira, 29 de outubro de 2013

Cosmo chapado...

 
Como num chá alucinógeno
Um momento sem reflexão
Repente de um cosmo ilógico
A matéria negra da escuridão.
 
Se “Ele” fosse entidade
Deveria estar drogado
Quando inventou o universo!
 
Sua criação estrambótica
Na mais alienada elucidação
Esbarra na senha exótica
De uma paradoxal dedução.
 
Toda perfeição interligada
Dessa grandeza exagerada
Não se explica com a razão.
 
Quanta construção na desconstrução!
Quanta perfeição na imperfeição!
 
O que precisa ser decifrado
Nas ondas exóticas de vibração
Quando nada se importa?
 
Olho com os olhos assustados
A mente do cosmo chapado
Na mais ignorante resposta.
 
- Sem responsa e sem aposta!

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Saber não saber...

Você quer o saber?
Tem certeza?
Você quer mesmo saber,
Espere sentado!
Sabe o que é sabedoria?
É não sentir-se sábio
Porque o saber não existe.

Quem sabe a tua utopia
É tentar compreender mais
Do que tua razão. Desiste!
Se aceitas as teorias
Estás apenas concordando
Com o que tentam explicar!
Quando a mente silencia
Os pensamentos desistem
Da confusão instalada.
A verdadeira resposta
Está onde a pergunta
Não foi formulada.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Ai de mim meu spin

Intrínsecas realidades
O olho não percebe,
Como numa quina dobrada
A outra porção desaparece,
O spin com alto volteio reage
Ao espaço-tempo,
A mente dispersa e alienada
Parece que não capta nada.
 
Como existem outras verdades
Além do palco que acontece,
A peça da vida é ensaiada
Iludida com o que não percebe,
O homem flutua perdido
No virtual aos sentidos
Com a mente limitada
O homem não entende nada.
 
Nebulosas de gases celestes
Formosuras em cores vitrais,
Atrai os olhos curiosos
De quem procura olhar mais,
Distrai-se nas belezas astrais
Da matéria que o céu risca
Sem saber o que há por trás.
 
Nas curvas do espaço-tempo
Outra imagem virginal,
Como holograma do spin
Noutra  dimensão espacial,
E nem tomando como exemplo
As mentes que ponderam demais,
O homem não está afim
Olha pro lado e enxerga mal.
 










 

 
 
 
 

sábado, 19 de outubro de 2013

Poeta das galáxias

 
No centro de uma galáxia
Rodeada de gases brancos
Comprimidos em espiral,
Há um horizonte de eventos
De um buraco negro.
 
Essa enorme Acássia
Envolta de tantos encantos
Atrai ao seio descomunal
Estrelas de todos os alentos
Sugadas por esse buraco.
 
Belo universo de cantos
Por que ignora o pranto
Que a natureza chora?
 
Oh universo estranho
O choro da tua entranha
Parece oração que implora!
 
Implora entender tua versão
Os tolos, os incautos, os vãos
E tantos estudos que estão
Na ordem e desordem do caos.
 
O que te define então
Senão uma excêntrica Acássia?
 
Meus admirados olhos dirão:
 
-Entenda sem explicação
Descreva  com o coração
E seja poeta das galáxias.
 
 
                                                   Mase
 
 
 

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

GRAVIDADE


Acabei de assistir ao filme GRAVIDADE. Confesso que esperava inundar meu olhar com fotos do espaço tiradas pelo telescópio Hubble. Filmado na atmosfera terrestre o filme se desenrola preso a nossa gravidade. Muitos efeitos especiais e um drama suspense fazem do filme um dos favoritos ao Oscar. É muito boa à atuação da Sandra Bullock e alguns chegam a comparar ao  NÁUFRAGO  com Tom Hanks. No entanto, o que me fascina, são as tiragens do cosmonauta perdido na imensidão, solto além das amarras onde o sonho dessa terrestre curiosa seria observar o espaço com todos seus encantos como no filme CONTATO com judie Foster. GRAVIDADE é um ótimo filme e valoriza nossa casa nosso chão. Vale a pena conferir.

domingo, 13 de outubro de 2013

Fascínio de ver a luz...


Fascínio de ver a luz
 Oh luz branca do sol,
Teus raios lúmenes
Estão nos fótons que libera.
Esbarrando na atmosfera
A refração tinge de azul
O céu da nossa terra.

Oh abóboda de farol
Teus reflexos iludem
Teu poeta, teu escritor.
A tela do teu pintor
Tinge teu firmamento
Azulando nossa esfera.

Luz que desnuda
A face da escuridão,
Luz que fecunda
Os brios do coração,
Responde a pergunta
Por que brilhas então?

Na negritude da matéria escura
Sem os fótons para alumina-la,
A quietude da antimatéria pura
Não há jeito de admira-la.
Onde jaz tua brancura?
Onde escondes tua luminária?

Como posso ver
Além do buraco negro
Se tu pintas de preto
Tua escuridão?

Como posso dizer
Em versos o teu segredo
Se escondes nos becos
Tua iluminação?

Só me resta a abordagem
No encanto que o brilho induz
E faço-me essa homenagem
Ao fascínio de ver a luz.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Sopas das estrelas?

 
Eu sou um mar químico em propulsão
Sou uma sopa de detritos estelares,
Sou do inicio do cosmo em combustão
Antes do pré-biótico surgido nos mares.
 
Sou aglomerado da matéria em ebulição
Sou carbono, oxigênio e veias capilares.
Que regam o cérebro, badalo do coração
E penso que me alojo nesses pilares.
 
Fato é que não existe um único fato
Que chegue a uma lúdica elucidação
Serei o que penso ou pensar é ilusão?
 
Talvez, quem sabe, apenas um regato
Aglutinada num cosmo em expansão
Feito sopa das estrelas, uma porção.
 
Claro que sim! Por que não?
 

domingo, 6 de outubro de 2013

Sobre familia com as palavras da minha filha...


Tenho uma família uma tanto quanto, digamos assim, diferente. Devem existir muitas por ai. Mas a minha é bem peculiar.

Sou a filha mais velha da minha mãe com meu pai. Tenho mais 4 irmãos, sendo que 2 deles são de meu pai com outras duas mulheres.  Exatamente assim: Tenho uma única irmã de pai e mãe. Meu irmão por parte só de mãe tem mais 6 outros irmãos por parte de pai. Desses 6, 3 são com uma mãe e os outros 3 com mães também diferentes.

 Engraçado foi juntar todos no casamento do meu irmão. No total éramos 10 no cortejo. Lá estávamos nós, todos glamorosos e sorridentes entrando na igreja para alegria de nosso irmão. Para completar o cortejo meu pai entrou como pai dele também, pois o pai biológico não estava na ocasião.

Mas é no aniversario do meu irmão é que a situação fica mais clara. Reunidos todos numa mesa enorrrme parece que fomos criados juntos. Que delícia de família!

Sei que parece complicadinho, mas para quem quiser explicarei pessoalmente, pois ate pra eu entender demorei um cadinho...

 Mas gostaria de dizer, que amo essa família como eu disse “peculiar” e que embora a bem diferente fomos bem criados por nossos pais e acolhemos um aos outros com alegria e irmandade. Assim seremos sempre mais ajustadas que muitas famílias tradicionais.

Beiijinhos