sábado, 27 de novembro de 2010

Rio de janeiro

Salve, salve o Rio de Janeiro!

Quando o morro era poesia
Inspiração de um trovador,
Nas noites de boemias
No ritmo de um condutor,
Quando a luz dos postes se via
Alguns encontros casuais
Uma roda de samba se ouvia
Nos acordes plurais.

Enquanto o morro dormia
Ao som de versos de amor
Entre copos e fantasias
O poeta e o compositor,
Embalados de nostalgia
Rimando as dores carnais
Um samba a mais se elegia
No enredo dos carnavais.

O que hoje se ouve profana
Ouvidos dos timbaleiros,
O som que agora emana
São ecos de tiroteios,
O fogo que arde em chama
No morro e nos canteiros,
Enquanto o povo reclama
No giro do mundo inteiro.

Porque o Rio de janeiro
Não é dos bandoleiros
É do poeta, do trovador,
Do sambista do sonhador
É o cartão postal brasileiro,
Do Brasil é o porteiro,
Salvem esse padroeiro
Salve, salve Rio de Janeiro!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Nostalgia...

Nostalgia diversa em versos

Cai à tarde.
Esmaecida e pálida paisagem
Impávida desfaz-se no poente
Como refém de uma miragem
Pairada e ripada do sol ausente.

A noite invade.
Dissimulada senhora do breu
Esquálida negra luz se recente
Em busca do brilho que perdeu
Para um sol de outro nascente.

Sem alarde
Retira de campo tua poesia
Porque sendo noite ou dia
Os versos ficam desestimulados
Ante a palidez do fim de tarde
Ante a obscuridade do anoitecer.

Talvez o poeta esteja só
Talvez se instale na nostalgia
Quando não gera idéia
Para dizer o poema certo
E não escancare a diferença
De ser.

Quem sabe,
Na manhã do amanhã,
Nunca seja tarde
Quando amanhecer.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Quando nasce um Poeta


E aí o verbo se fez verso.
No jeito de sentir as formas.
Tudo se tingiu de cores
Para ornar o pensamento.
E aí o homem viu-se emerso
no oceano de imagens que chora.
Todas as lágrimas de amores
Para falar de sentimento.
Então, nasceu o poeta.
Mas, antes de tudo,
Ser poeta é anotar
Um inesperado verso
Bem assim,
De improviso, no reverso,
Do guardanapo
De botequim.

domingo, 10 de outubro de 2010

sábado, 9 de outubro de 2010

Árias de Sinfonias

Em princípio uma nota.
No segundo seguinte, duas notas
E outra mais outra,
Sucessivamente soantes
Simultâneamente somando sons...

No toque da corda
O acorde sônico,
Semeando sempiternos tons...

O universo é assim.
Sinfonia.
Sublimável página de Schubert,
Ave Maria.
Divina harmonia.

Matéria prima da mente, o cosmo
Flui em cordas teóricas.
Essência e padrão
De interferência da luz,
É o que vemos...

Oh Vênus!
O meu amor é sensorial
Senciente, semoto sem palavras
Mas existe de fato!
Seus acordes estendem-se
Deslizantimente nas pautas
Que há eras zarpam,
Qual velas singrantes
E eclodem no peito
Lágrimas mais belas dessa melodia
Que acaricia minha emoção.

Uma nota só,
Sol de solidão.
Um gemido de dor
Sufocando meu amor que navega.
Quem sabe aporta
Num planeta bem distante,
Onde abraços de amor
Não afrouxam jamais,
Então, como anéis eternos,
O universo terá infinitas árias
De sinfonias imortais.

domingo, 4 de julho de 2010

Relexos da Lua e da Alma...





A lua
montada
e refletida,
reflete
a realidade
que eu monto...

sexta-feira, 28 de maio de 2010

É feito dominó...









É feito dominó um efeito borboleta..
Feito dominó
O efeito predomina.
O desvio da molécula
Gera o feito
Como bater das asas
Um efeito borboleta.
A natureza dá nó
Na teia que tece e anima

A beleza de uma libélula
Gera o jeito
No movimento extravasa
E conecta o planeta.


É assim, assim só.
Aleatoriamente
Desencadeias do acaso.
E por mais que tentemos
Saber o próximo passo,
Por mais que foquemos
Nossa predileção,
A matéria desse espaço
Prega a peçaE segue o passo
Do que nunca é calculado
Com precisão.


O andar do bêbado
De um relojoeiro cego
É o caminho.
Com efeito dominó
Com efeito borboleta,
Joga os dados e senta a mesa
Pois o acaso vai alterar
Qualquer ilusão.

domingo, 2 de maio de 2010

Melosa Melodia


Que linda voz você tem
Quando me diz, meu bem.
Que lindo som de ouvir
Quando me chama e vem,
Vem me propor e compor
A mais melosa melodia
E nesse dia, penso que vou
Na fonte beber desse amor.

Quando a fonte exaurir
Toda gotinha que tem
Quando não puder mais ouvir
A voz chamando meu bem,
Se um pouco do sonho sobrou
Espero lembrar esse dia
E a melodia que você cantou
Nem o tempo do tempo apagou.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Entre Nárnia e Alice, dois Lewis


Além da fronteira dos sentidos
Alguns esticam a natureza
Viajando por terras nobres
Onde as possibilidades
Aumentam...

Dois Lewis
Um traspassa o espelho
Outro mergulha no lago.
Um por via de Alice,
Outro por via Nárnia.

No encontro do enlevo
Um reverso memorial.
O faz de conta sensacional
Torna cientes os semotos
Universos paralelos!

Então a ponte destrava.
Zarpam feixes no Colisor.
Acelera acelerador
E cria luz na utopia!
Desenrola os novelos dos elos
Mostra o quanto são belos
Os enleios da fantasia.

Dois Lewis
Aceram a mente
Dos mestres e guias.
O coelho branco
Que na toca descia
Cria Nárnias de harmonia
Na voz do canto do leão.

Por pura sucessão
No ano que um Lewis morria
O outro Lewis nascia!


terça-feira, 23 de março de 2010

Céu de Neon








Além das nuvens
Há um céu onde zarpam
Fagulhas de estrelas
Quando fluorescentes
Raios gamas piscam.

Além desse céu
Outros céus pairam
Nas teóricas cordas
Que paralelamente
Universos faíscam.

Oh simbiose casual!
Onde estou
Em cada céu xerocada?
Oh sensação virginal
Esse pertencer visual
Desse imaginário véu!

Ser copia paralela
De equações matemáticas,
Faz a minha sináptica
Escrever plágios
Dos meus versos
Em outros universos...

Canto um verso dobrado
As cordas esticam o som
Ensaio um beijo roubado
De amor no céu de neon.



sábado, 20 de março de 2010

O balé das folhas...

Parece miragem
Como numa sedução.
O vento sopra
As folhas bailam,
Mimosa harmonia
Perfeita exaltação.

Observar a comunhão
Das folhas
Que ao vento malham,
É como entrar no ritmo
De uma sublime canção.

Compasso de suspensão
Dos sentidos que alam.

Oh intensa interação!
Ouvir
Meu soprano
De dentro,
E bailar
Com as folhas
Ao vento.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Coração que canta...












Por quem cantas coração desafinado
Se teu amor é mera utopia de impulso,
Por que tu queres pulsar enamorado
Se teus acordes são de pouco recurso?

Por quem dialogas no verbo desatinado
Perde-se com o tempo da composição,
E desvairado destoa, mas obstinado
Faz de conta que o amor é tua canção.

Ah, o não é não da alegria passageira
Que vem e brinca com qualquer situação
Mesmo que seja mentira ou ilusão.

Brincar de amor só tira o pó da poeira
Com arritmia descompassa o coração
Não acende o brilho da tua composição.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Você

Você é
minha face (my face)
Você é
minha ilusão,
Você é
o rosto que tracei
Quando criei
Você .

E eu sou
teu enlace (your race)
E eu sou
tua dimensão
eu estou
Nessa miragem
Quando inventei

você!


Você cai
No laço de um carinho meu,
Mas você trai
No beijo desse teu Orfeu!
Eu vou
Tatuar você
Eu sou
Teu camafeu...

Vem me amar, na escuridão
Vem tatear, meu coração
Vem acordar no sonho meu
Que eu sou, um sonho teu...


domingo, 28 de fevereiro de 2010

Apenas outro poema...


Passeando só...

Quando passeio no bosque me dá
O cheiro da relva e das resinas
Uma sensação de magia no ar
No perfume que invade as narinas
Belos troncos em que fixo o olhar
Nas curvas que a natureza ensina

Meus passos estalam...
Fazem-me rimas!

Um mais outro compasso que há
No ar que reverbera de cima
Cada grão de areia chia em mi ou lá
No verso que arrepia nas pinas
O verde molhado me faz solfejar
Canção que exulta e fascina.

É clorofila com dó maior
É oxigênio sem dor!

Vem comigo vaguear
O som que cantam os pássaros
Uma outra dimensão descortina...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Um presente

Teu Verbo

Palavras formam o seu corpo
de onde você veio?
nossa, tampouco sei aonde vai...
nem mesmo sei se existe!
que língua te traduz?
loucura?
Não importa
é virtude rir de si mesmo
mas te entendo
Sempre foi assim..
vejo as exclamações
que da tua boca voam
pássaros alvissareiros
estruturação pura e simples

Penso, imagino, construo
as letras da minha pele se eriçam
sem pensar digo você
meus devaneios te escreve
me sinto que teu verbo me pertence!

(Eis um poema que um reflexo fez para mim)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

“O BBB 10, A Fazenda 2 e o filme ‘Contatos”

Um jogo com cartas marcadas. Assim está se formando essa edição do BBB 10. Não é justo com os novos participantes competirem com um ex q já saca das malandragens do programa. Aliás, falta alguém com carisma e inteligência. Falta um poeta! Pois é. Em A Fazenda tínhamos Igor Cotrim. Aquela maneira de mostrar seu verbo, sua emoção através de versos. Aquela capacidade de rir das próprias mancadas, e exceder-se também, porque não? Sim, no BBB falta um inovador. Com isso, sem ter nada para mostrar a edição do programa limita-se a fofocas e intrigas dos participantes, o lado feio da exposição do ser humano.
No filme Contatos, a cientista enviada para fazer a viajem interplanetária exclama ante a aparição da beleza dos universos que se seguem em diversas dimensões. ”-escolheram a pessoa errada, deveriam ter enviado um poeta!”
Agora um programa milionário que meche com a opinião do povo exibe um jogo em que uma fanática torcida já elegeu um ganhador sem que o mesmo seja alguém que faça a diferença. É o velho que se repete. Mais um BB sem final empolgante
.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Um olhar do paraíso...

Sou cética, nenhuma religião me convence porem não posso deixar de analisar a força do pensamento. Assisti ao filme ‘Um Olhar do Paraíso’ cujo titulo do livro é ‘ Visto do Céu’ da autora Alice Sebold Concluo que a mente cria todas às coisas e continua criando até depois da morte. Libertada do corpo a mente condicionada leva algum tempo para libertar-se do pensamento. A mente permeia tudo o pensamento aprisiona. A mente é a matéria prima, o pensamento é o modelador. Conseguindo levar o pensamento por caminhos leves, inocentes e sem culpa o mundo que ele cria é espelhada no pensamento formado. A mente flui no reflexo do que antes foi pensado. Portanto é importante que procuremos sempre a leveza dos pensamentos, a beleza de olhar todas as coisas por um prisma mais colorido. Assim, depois que a morte física acontecer o pensamento integrado a mente fará um novo caminho cujos efeitos especiais serão mais belos que nenhum filme jamais irá conseguir retratar. A mente existe e não tem nome, simplesmente existe, eternamente... pelo menos é assim que quero pensar que seja. Será?

domingo, 7 de fevereiro de 2010

A Fazenda...

A Fazenda e o BBB

São tantas as diferenças entre A fazenda da Record e o BBB da Globo. Famosos versus anônimos. No primeiro, personalidades com imagem pública a zelar, no outro, pessoas querendo aparecer e promover-se.
O visual de A Fazenda é magnífico! Os personagens são conhecidos, sabem emocionar e até brigar na hora certa. Quanto ao BB nos resta observar o mais fraco do ego humano. Só no fim do programa a identificação e aceitação com o público aparecem. Enfim, são dois programas diferentes, mas que mechem com a opinião e envolvem as pessoas.
Ganha a TV com isso, pois bastam de reportagens sangrentas, novelas apelativas da vida real e corrupção na política. Ontem A festa de A fazenda com todos os participantes emocionou. Destaque para Igor Cotrim e saudades de Caco Ricci. Valeu Record! Que venha A Fazenda três
.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Alice
























Vem aí o filme dos livros de Lewis Carroll. Alice! Como matemático e físico Carroll usou todo simbolismo para escrever sua grande obra. Grandes mentes, estudiosos da física encontram nas entrelinhas o comportamento da matéria. As partículas não estão onde são focadas. O reverso é a anti-matéria. A relatividade do tempo, os universos paralelos, buracos de minhocas que fazem ponte para outras dimensões. Ler Alice é prazeroso demais. É redescobrir e descortinar as aparências. Alice deveria ser ensinada nas escolas para abrir as mentes tão condicionadas das nossas crianças. É, sobretudo, acrescentar as parcas lições errôneas da realidade, noção do universo que pertencemos.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Igor Cotrim


Mais uma vez o programa erra ao eliminar o mais criativo participante do reality show da Record, A Fazenda. Pena os produtores n enchergarem q ele seria a chave de ouro no encerramento do programa.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Meu PC meu ET

Oh meu PC
Meu Windows XP
Meu vício é VC
Mas os teus offices
São meus ETS.

Teus SOFTWARES
DRIVERS E WEBS
Tudo inglês
E Eu, "português! "

Vivo locada
Na informática
Sou tão fanática!
Tornei-me enfática:
Não sei ficar
Sem VC!

Meu PC, meu ET.
Não trava pra mim,
Pois meu dilema
São esses BIOS
“Bichos Ignorantes
Operando o Sistema”
No estratagema
Do teu ardil.

Nessa rua...

Nessa rua tem um bosque...

Nessa rua nessa rua tem um bosque
Seria plágio se não fosse verdade,
Mas moro alto, tão alto no meu quiosque.
Observando o verde que me invade.

É tão belo o som qual um enrosque
De ondas sonoras sem pios da cidade,
O canto dos pássaros que embosque
É serenata de maviosa raridade.

E mirando a vista desse plano mágico
Esqueço as dores que a natureza geme
Nas telas fétidas dos noticiários.

Faço de conta que a solidão é gótica
porque o anjo que nela mora não treme
E que os sonhos são chaves de relicários.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

domingo, 17 de janeiro de 2010

Abrindo a mente e o coração...

Devo assumir que sou ateísta. Não aceito dogmas religiosos de qualquer espécie. Não concebo uma entidade regendo o destino das pessoas,animais e tudo que existe.
Será que existe mesmo? Acredito primeiro que somos co-criadores do universo que vemos. Só nossa percepção nos dá essa ilusão de um universo físico. Isso está dentro de uma ciência chamada Memética, que quer dizer, vírus da mente. Sim, somos o sonho acordado, somos a realidade dormindo ou simplesmente não somos.
Também acho que não nascemos nem tão pouco morremos. Isso é o que achamos ser e que chamamos vida. Aceito ser parte integrante de uma grande teia implícita e explicita chamada universo pensante. A terra não está fora do universo, ela está contida. Assim como nós, não estamos aqui e o universo lá fora. Estamos todos contidos, fazemos uma enorme cadeia aleatória e os eventos são meras interligações como reagem as bolas de bilhar.
Portanto, tudo o que parece ser, apenas são o que pensamos ser. Por tudo isso respeito qualquer forma de vegetal, animal ou mineral. Tudo é parte de mim e na verdade sou tudo isso junto. Minha oração se restringe a apreciar, a parar e contemplar essa realidade irreal que sonhamos ser verdadeira.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Mais Caco Ricci











Caco Ricci


A Fazenda= Caco Ricci

O participante do reality show A Fazenda da Record não deveria ter saído. Sem ele a audiencia do programa despencou. Uma briga de torcidas q prometia segurar o programa até o fim mas a Record não soube jogar. Agora é esperar pelo BBB da Glogo. Caco Ricci tinha tudo para manter essa edição mais quente além de ser um colírio para os olhos. O Mal foi não levar em conta os comentarios dos internautas que acompanham os programas.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Sentindo...


Simplesmente...

Oh tórrida sensação de quietude
Que acalenta, mas então excede.

O silencio que acompanha alude
Pois sempre estar quieta é sede.

Sede dos que retiram na atitude
A sede de que só a paz remede.

Tem o lado bom de ouvir
A voz dos ventos,
E o sabor de escutar
Os passarinhos,
Toda a grandeza de ouvir
Os pensamentos
Sem q maculem o excesso
Das neuroses
De sermos gente!

Oh tórrida sim, eficiente
Sensação de paz
De simplesmente
Meramente
Sentir preguiça...