quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Nebulosas

 
Na evolução química das galáxias
A estonteante luz das nebulosas,
Em forma de bichos ou acácias
E mais belas que jardim de rosas.
 
...“olha pro céu meu amor
Veja como ele está lindo!”
 

Não dá pra escapar da gravidade
Mas levanta os olhos da cabeça,
Desprende do chão tua realidade
Para que teu questionar ofereça.
 
... ‘salpicava de estrelas
Nosso chão”
 

A ponte que nos leva as estrelas
É mais que uma simples constatação,
Olhar para cima e percebê-las
Basta encontrar uma constelação.
 
Um deus mostra suas entranhas
Na luz das nebulosas e galáxias,
Nos gases alquímicos dos raios gamas
Sem maestria, mas com eficácia.
 
Que iluminam estradas estranhas
Que não se traduzem com falácias
Que são os berçários são as camas
Estelares de quaisquer raças.
 

E num pum gordo e sonoro
Que escapa no som dos cometas,
Te mostra o ventre e te dá colo
Te abraça nas órbitas dos planetas.
 
 
...“Oh lua cheia, cheia de graça.
Esse teu bojo está repleto de cachaça”
 
 
 

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O Violinista do Diabo


O esperado filme com David Garrett entrará em cartaz no Brasil só em 2014.

Pegando carona no som do David reproduro meu preferido poema.


Árias de Sinfonias

Em princípio uma nota.
No segundo seguinte, duas notas
e outra mais outra,
sucessivamente soantes
simultâneamente somando sons...

No toque da corda
o acorde sônico,
semeando sempiternos tons...

O universo é assim.
Sinfonia.
Sublimável página de Schuber, Ave Maria.
Divina harmonia.

Matéria prima da mente, o cosmo
flui em cordas teóricas.
Essência e padrão de interferência da luz,
é o que vemos...

oh Vênus! o meu amor é sensorial
senciente, semoto sem palavras
mas existe de fato!
Seus acordes estendem-se
deslizantimente nas pautas
que há eras zarpam, qual velas
singrantes e eclodem no peito
lágrimas mais belas dessa melodia
que acaricia minha emoção.

Uma nota só, sol de solidão.
Um gemido de dor
sufocando meu amor que navega.
Quem sabe aporta num planeta
bem distante, onde abraços de amor
não afrouxam jamais,
então, como aneis eternos,o universo
será árias de sinfonias imortais.

Sugestão de livro: "O Polegar do Violinista"


Sinopse desse livro:O jornalista Sam Kean conta a história da genética, de Mendel e suas ervilhas até os dias de hoje, em que exames de ponta são capazes de detectar doenças que poderemos desenvolver. Ele mostra como, em algum ponto no emaranhado de fitas do DNA, se encontra a solução de muitos mistérios da espécie humana. Dentre eles, a grande saga sobre o lugar de onde viemos e como evoluímos a ponto de dominar o planeta como nenhuma outra espécie havia conseguido antes.

Tudo isso entremeado a fantásticas narrativas protagonizadas pelo DNA: as mulheres grávidas que transmitiam câncer aos filhos ainda não nascidos; os sobreviventes de bombas nucleares; a morte precoce dos primeiros exploradores do ártico; o cientista russo que teria criado um híbrido de homem e chimpanzé; e até mesmo casos em que, como o do violinista virtuose Paganini, a ciência esclarece a arte.


Autor Sam Kean Editora Zahar.
Fonte. livraria da Folha de São Paulo

Esse assunto me interessa. Comprarei!

Nebulosas bipolares


Poucas coisas no Universo são tão bonitas quanto as nebulosas planetárias. Elas aparecem em diversas formas, mas a mais marcante é a que lembra uma borboleta, como na imagem acima. Pois bem. Estudando mais de cem dessas criaturas cósmicas na região central da galáxia, uma dupla de astrônomos acaba de fazer uma descoberta estranhíssima: as borboletas parecem todas bater asas na mesma direção.

São estrelas de pequeno e médio porte (grupo em que o Sol se inclui) que esgotaram seu combustível e sopraram sua atmosfera exterior para o espaço. O que resta no interior é um núcleo compacto, chamado de anã branca, e o bonito padrão colorido é resultante do espalhamento da antiga atmosfera estelar no espaço circundante.

Espalhamento do gás da nebulosa planetária pode ter diversas formas, inclusive a de borboleta (ou bipolar, como preferem os especialistas). Os cientistas esperavam que, independentemente do padrão formado, a orientação delas no espaço seria aleatória — dependendo exclusivamente do eixo de rotação do astro que as gerou.

(texto parcial tirado do blog "Mensageiro Sideral"

Essas imagens captadas pelo Telescópio Espacial Hubble me fascinam. O texto do blog citado da autoria de Salvador Nogueira, está no portal Folha de São Paulo de hoje 4/9 .Nele há mais detalhes.

domingo, 1 de setembro de 2013

Olhos de Porteira



Seguindo o braço de Orion
Entre Sagitário e Perseu,
Pra lá de Betelguese
A gigante estrela vermelha,
Está nosso sol ofuscado
Mas que lumia nossa ceia.

Tão longe de Épsilon
Nossa terra de azul tom,
Permeia entre Vênus e Marte
Arrastando a translação
Enroscada com a rotação
Numa emaranhada teia.

E da terra
No continente do sul
Num país, num estado,
Num município banhado pelo mar
Da varanda de um apartamento
Dois olhos olham o firmamento
A sonhar.

Sem ver todo o cosmo estrelado
Eles sabem o que está lá fora
E sentem num breve piscado
Como a luz é o claro da aurora
O brilho que tanto permeia
É o mesmo do antes e do agora.

Com o coração nos olhos
Abraça o cosmo que serpenteia,
Seus braços erguidos são galhos
O seu olhar uma porteira,
Aonde a vida vem desaguar
Como um rio nas suas veias.