quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Como um nó, cego e acochado


Nunca sou temente a deus
Sou cúmplice!
Combinamos nos olhar
Dentro de nossas essências,
Ambos admirados,
Simplesmente associados
Sem haver diferenças
Sem nenhuma discrepância.

Não preciso orar alto
Basta escutar calada.
De mãos dadas
Seremos condutores
Ou apenas comparsas,
Desse mundo cuja graça
É apenas caminharmos
Sem percorremos distancia.

Entre os astros deste céu.

Nunca penso que sou menor.
O universo não estaria completo
Se eu faltasse!
Sei que faço parte dessa partitura
Criador tal qual criatura,
Diante desse cósmico templo
Todo tempo, sem relutância.

Inebriados neste farto coliseu
Estamos nos braços de Orfeu
Sou um reflexo repousado.

Irmanados neste apogeu
Eu e deus, sem deus
Como um nó, cego e acochado.