sexta-feira, 31 de julho de 2009

Teus Olhos...


Teus Olhos Azuis

Vazadas luzes frecham teus olhos azuis
Como um caleidoscópio intrínseco colar;
Vias insondáveis de reflexo que me aluís
Dá dor de barriga e tremo só em pensar.

Vagueio fremida insonte busca dessa luz
Tal qual insectos que insistem em brilhar;
Por noites delongas em versos compus
Teus olhos de anil que flecham meu olhar.

Demonstrando sentimentos que só expus
Gerando energia química que espalho no ar
Meus nervos entram em choque. Ai,oh dor!

Mas é por causa dessa dor que eu impus
Flertar teus olhos até de tão olhar cansar
Que vou renomear esse enfoque. Amor!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Universo de Ilusão...


Ilusão do Universo...

Enquanto não se descortina o universo
Passo o tempo esforçando-me a pensar;
Leio livro, jogo cartas e faço um verso
Cruzo palavras ou ponho-me a navegar.

Sei que não adianta ter muitas opiniões
Gênios que acham se perdem por achar;
Tanto foi descrito retocado em versões
Ainda precisam bem mais para teorizar.

Se o universo é uma tremenda ilusão
Que só existe quando apenas observamos
Iludidos na beleza imensa de imaginar.

Como um holograma nos trai na visão
Não está no lugar que exato focamos
Mas extasiados continuamos a buscar.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Vem...


Vem...

Vem,sente o vento
A carícia que lambe teu corpo.
Vem, sente o tempo
Que parou esperando no porto,
Vem e senta-te
Bem diante de um ponto qualquer,
Vem e espera
O momento de ver o que é...

Relaxe um pouco
Com a luz penetrando no topo,
Pense nas cores
Que pintastes teus sonhos de amor,
Seja o maestro
Desses sons que ninaram teu ego,
Vem e espera
O momento de saber o que quer.

Rastros de mil viagens que andaste
Como um cometa rasgando o espaço,
Raios de luz seguem eternamente
Servem de guias, redutos da mente.

Drible o cansaço e comece outra vez
Deixe o desejo invadir teu convés
Sinta apenas esse instante de novo
No momento exato de ser o que és!

Teorias Verdadeiras...


Teorias...

Se Bilac ouviu estrelas do infinito
E Blake segurou o infinito na mão,
São pensamentos poéticos bonitos
De antagônicos poetas em versão.

Se Jung sentou-se na pedra e disse:
Sou inúmeros Budas na meditação.
Lewis cruzou horizontes com Alice
Transpondo universos em questão.

Como o Mago posso ver tamareiras
E o meu deserto fica cheio de oásis
Ao ler tantas teorias alvissareiras.

E quando Hawking ensina da cadeira
Padrões do universo no céu de Osíris
Mitologia é poesia, teoria verdadeira!.

domingo, 26 de julho de 2009

Modificando...


Quem sabe os céus se recriem
Mudando a estrutura dos átomos,
Transformando bósons e hádrons
Fotos e os fatos
Sem esperar pelo acaso.

E num grandioso acidente
As formas imitem Picasso
Dissolvem o óbvio presente
Entoam um novo compasso.

Passo a passo, planejando
Apoteose plena
Concluo pasma:
-“Eu posso!”

Rasgo todo o espaço
Transcendo qualquer espelho
Cromo luminosas aquarelas
E tetos de vidros, destelho.

E todo meu instinto
Todo meu desejo,
Tudo o que sinto
Memória do seu beijo,
Toda minha carne
Volição da minha alma,
Toda minha arte
Que expressa minha dor,
Transformam-se.

Êxtase, júbilo instante
Nesse meu amanhecer.
Serei guardiã dos meus olhos
Cujas vias por um céu dourado
e poeticamente modificado
trarão você!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

OS SAPOS...

O poema OS SAPOS está na obra “Carnaval” de Antonio Bandeiras. É uma sátira aos poetas parnasianos que valorizavam somente a forma e o ritmo ao fazer poesias. Foi declamado por Ronald Carvalho na noite de 18 de fevereiro de 1922 na abertura da semana de arte moderna no Teatro Municipal. O sapo-tanoeiro seria Olavo Bilac, o sapo cururu, Ronald de carvalho. Gosto muito desse poema-piada...

Sapos, Um poema satírico...


Os Sapos...

Enfunando os sapos
Saem da penumbra
Aos pulos, os sapos,
A luz o deslumbra.

Em ronco que aterra,
Berra o sapo boi:
-“Meu pai foi à guerra!”.
-“Não foi!” -“Foi!” –“Não foi!”.

O sapo tanoeiro
Parnasiano aguado
Diz: “meu cancioneiro”.
É bem martelado”

Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.

O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.

Vai por cinqüenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A formas e forma.

Chame a saparia
Em críticas céticas:
“Não há mais poesias
Mas há artes poéticas “...

Urra o sapo boi:
- “Meu pai foi rei”! – “Foi”!
- “Não foi”! –“Foi”! -“Não foi”!

Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
-“A grande arte é como
Lavor de joalheiro.
Ou tudo bem de estatuário
Tudo quanto é belo
Tudo quanto é vário
Canta no martelo”.

Outros sapos-pipas.
(um mal em si cabe)
Falam pelas tripas:
-“Sei”! – “Não sabe”! – “Sabe”!

Longe dessa grita
Lá onde mais densa
A noite infinita
Verte a sombra imensa;

Lá, fugindo ao mundo
Sem glória, sem fé,
No perau profundo
E solitário, é.

Que soluças tu
Transido de frio,
Sapo-cururu
Na beira do rio...




terça-feira, 21 de julho de 2009

Meus Quinze Anos...


Sapatinhos

Tão distante quanto meus quinze anos
Quando os passos valsavam sonhando,
Eu deslumbrada e perdida nos planos
Por um amor que surgisse me amando.

Com meu vestido de bordados brancos
Esvoaçante como meu coração pulsando,
Os olhos estrelados nos sorrisos francos
Entre os hormônios de desejos vibrando.

Mas o tempo desse amor que sonhava
Com beijos ardentes tão apaixonantes
Dissolveu-se na roda das ilusões vividas.

Sem os dias em que o coração valsava
Nem cortejos ou sapatinhos cintilantes
Não voltam mais as emoções perdidas.

domingo, 19 de julho de 2009

Estações...


Música: Estações em Versos

Folhas de outonos
Copas que renovam,
Estrelas nos sonos
Sinos que acordam,
Pincéis que cromam
Páginas de vitrais,
Sonhos que proponham
Não abandonam jamais...

Frescor de primavera
Cores teatrais,
Flores nas janelas
Sombras nos quintais,
Risos de crianças
Desejos e quimeras,
Doces de lembranças
Idas, vindas e cais...

Tempo de hibernar
Quando a chuva cair,
Se começar a nevar
Não precisar sair,
Vendo o inverno passar
Tomar chocolate e açaí,
Nem pensar num lugar
Quando o lugar é aqui!

E quando um raio de sol
Anunciar o verão,
Abrindo os braços no vão
Da sacada do corrimão
Festejando em prol
Alegrias do coração,
Serei como rouxinol
Saudando a nova estação.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Giro


Girogirando

Girogirando nos elétrons com meu spin
Seguro as rédias conduzindo-me ao léu,
Desespiro células que estruturo de mim
Retrocedo-me no tempo que criei o céu.

Retricotando o corpo não chega ao fim
Enpurro as vênias descortinando o véu,
Nas células procuro tintim por tintim
Meu reverso néxo que me leva ao neo.

Mas o neo é velho quando penso assim
Pois na mecânica essa verdade se destrói
Ante os padrões que pensamos existir.

E ser partícula girogirando com o spin
No vasto mundo sem o saber me dói
Ver realidades que não quero assumir.

E quando penso no céu desses, outrossim,
Vou desdobrando a parte que se constrói
Da teia estendida que estiquei de mim.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Dormindo...


Pensamentos Profundos...

Eis alguns dos pensamentos mais bonitos e reveladores no meu ponto de vista:

“Nasci ao mesmo tempo em que as dez mil coisas e as dez mil coisas são uma comigo”!
“Não se pode machucar uma flor sem estremecer uma estrela”
“Quando se vai sempre em frente não se vai muito longe.”
“Tudo que é, foi e será existe, eternamente”.
“O pensamento é o construtor, somos o que pensamos”.
“Os mais bonitos estão sempre mais longe”.
“Se você pensa que pode ou pensa que não pode, de qualquer maneira você está certo”.
“Se quiser ter uma flor verás a beleza dela murchando”.
“Esse é o mais significativo entre todos: Eu era um tesouro escondido, então, para que fosse encontrado, criei o mundo”.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Árvores

Sempre tive paixão, uma fascinação por árvores. Quanto mais altas e imponentes mais admiro. Fico deslumbrada olhando-as. No silêncio elas me falam. Vejo seus galhos gesticulando para mim. Interajo com seu enorme campo. Por isso escrevi um pequeno poema com intenção de homenagear essa testemunha da natureza

Árvore...







Árvore Rainha...

Árvore Rainha

Magnífica árvore que se espicha
braços abertos para a natureza,
estica os galhos e se espreguiça
abrindo brotos de muita beleza.

Nos veios tua seiva reverbera
porque da flora tu és a rainha,
enorme troca em mim reitera
também na seiva das veias minhas.

Com os verdes da tua roupagem
pousas vaidosa para fotografias
fotos são sínteses na tua imagem.

Abro os braços em tua homenagem
me curvo a certeza de tua fidalguia
reintegro a beleza dessa miragem.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Árias de Sinfonias


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Árias de Sinfonias

Em princípio uma nota .
No segundo seguinte,
duas notas, outra e mais outra
sucessivamente soantes
simultaneamente somando sons...

No toque da corda
o acorde sônico,
semeando sempiternos tons...

O universo é assim.
Sinfonia.
Sublimável página de Schuber,
Ave Maria.Divina harmonia.

Matéria prima da mente, o cosmo
flui em cordas teóricas.
Essência e padrão de interferência
da luz,é o que vemos...

Oh Vênus! Meu amor é sensorial
senciente, semoto sem palavras
mas existe de fato!
Seus acordes estendem-se
deslizantimente nas pautas
que há eras zarpam,
qual velas singrantes
e eclodem no peito
lágrimas mais belas dessa melodia
que acaricia minha emoção.

Uma nota só, sol de solidão.
Um gemido de dor
sufocando meu amor que navega.
Quem sabe aporta
num planeta bem distante,
onde abraços de amor
não afrouxam jamais,
então, como anéis eternos,
o universo será elos de árias
de sinfonias imortais.



domingo, 5 de julho de 2009

Esse trocadilho encanta-me...




Música:Eu em Canto!

Eu em canto!

Persigo um canto!
Um cantinho só pra mim.
Que tenha cortinas de vidros
encantos em cantos bemol
que iluminem de prismas
os raios que primam do sol.

Persisto em busca do canto!
Que eu possa suprimir o soluço
se a dor me vier apanhare
todo sentido que aguço
me chegue no tom de escutar
um canto para acalmar.

Preciso olhar o espaço
no passo compasso da rima
um canto mirante a mirar
estrelas que meu sonho anima
e trazem nos traços do olhar
o amor que minha alma lima.

O canto que eu canto me encanta
se encontro o recanto que canto
e tento encontrar.

Me canta! Talvez eu vá...

sábado, 4 de julho de 2009

Mel


Música: Mel de Mim

Adejando sobre as flores
senti um perfume pairar
lembrança dos amores
um jeito de identificar,
e nesse jardim tão florido
às vezes eu posso voar
entre pardais coloridos
e todos os bichinhos do ar.

Abrumo e fico tão triste
eles não são assim
com seus corações apressados
não olham seus próprios jardins,
nem voam como os colibris
não param em momento algum
nem sabem que existem em todos
e todos são apenas um.

Nesse meu canto de cores
com todos a rodopiar
cantando esquecem as dores
e podem até flutuar,
nesse recanto de flores
rosas. orquídeas e jasmim
eu sinto o cheiro e o gosto
do mel que deixastes em mim.

Música: Noutra Canção...


Noutra Canção...

Num momento eu reflito
Só pensando em compor
No idílio meu retiro
O instante que estou.
E num tilti eu te digo
Já sei como vou fazer
Entre rostos que persigo
Procurando por você.

Noutra canção de amor
Posso te encontrar
E seja onde for
Sigo a te procurar.
E nesses versos com ardor
Que canto pra te encantar
Declarando-me só por ti
Quero me apaixonar.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Sou Poeira...


Poeira das Estrêlas

Cósmicas moléculas formadas nas galáxias
mistura heterogênea que me desencadeia,
quando expandem nas fornalhas dessa ceia
puxo a cadeira como se pudesse vê-las!

Misturando os glóbulos das minhas hemácias
refogadas com entranhas das minhas teias,
viro sopa do universo, parte dessa massa
e quando explodo, sou poeira das estrelas.

Mas antes, bem antes dos sentidos aguçadoso
que seria? Estaria ao léu nossa consciência
disforme e entregue aos pensamentos nus?

Antes, tão antes dos deslumbres apurados
o que era verdade?O tao, o céu ou a ciência?
Prefiro ser como Blake e como os sábios hindus...

Puxa a cadeira e senta-te aqui também tu!

Cartas...


Nas Cartas do Tarô

Nas Cartas do Tarô

No mundo das cartas, o reino da mente.
Trajetória antes mesmo de virar semente
que germina inconsequente gesto Louco
sem medo ou ânsia tresloucado e mouco.

Com dedos joga os dados aleatóriamente
sente-se o Mago de tão desejo ardente,
sem reino de Imperador ou Papa.Em ouro
faz do Carro as rédeas por um tesouro.

Mas Enamora-se. Qual o caminho seguir?
Qual estrada se a Roda não pára um pouco
e a Estrela oculta-se na Lua e no Sol do dia?

E agora? Será que achou o caminho de ir?
Sem Julgamento o Mundo se torna Louco
recomeçando um novo ciclo que se inicia.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Perfume


Perfume de Amor

O cheiro é bem mais que um aroma
é um jeito de interagir que resume.
Vem na química da pele e proclama
ter um quê no reagir quando acume.

O que exala do corpo é feito chama
que espalha-se como fosse perfume.
Atrai sedução na porção e derrama
tempero no abraço que se consume.

É como sorver uma fragrância do céu
o perfume de amor no odor escolhido
é qual manjar de um beijo absorvido.

Sendo atraído como abelhas ao mel
o desejo alquímico vem constituído
da mais declarada flecha de Cupido.

Memética

Memética é a ciência que estuda os vírus da mente, os memes. Tudo aquilo que foi aprendido durante a vida como realidade absoluta. As informações adquiridas desde a infância estão enraizadas sejam elas de cunho pessoal, cultural, social e religioso. Tudo são memes. Nada precisa ser do jeito que pensamos que seja. Apenas seguimos nosso aprendizado fazendo dele uma verdade total. Só abrindo a mente criaremos novos atalhos e ampliaremos nossas realidades multiplicando possibilidades. Portanto, acredite para ver. Crie um MEME!

Quântica


Romântica Quântica...

Inepta e insólita
sustentação de paciência.
Instante de inércia bucólica
explosão da minha carência
que me azucrina a mente.

Só entendendo e sendo
ativista quântica!
Posso olhar romântica
anulo minha memética,
troco minha semântica
e passo ser menos cética.

Então,
toda essa opressão desintegra.
Fluo na canção holística
do universo.
Gero-me e quero-me.
Reproduzo a maior sintonia
do mundo que eu mesma
impero!
Portanto, sou atéia ativista

uma romântica Quântica!