Orar
é uma forma de naufragar
Nos
doídos aís que o corpo chora,
É
como olhar pra dentro e surtar
Por
diferir do lado que há de fora.
A
beleza que transcende o luar
Encobre
a noite que apavora,
Choram
as almas de tanto rogar
O
perdão que de tosco demora.
Seguir
os passos que elabora
A
doce ilusão de um esperar
Queixar-se
do mal que recebeu,
É
suplicar ao vazio que entorna
Uma
falsa sensação de inebriar
A
um Deus tão ateu quanto eu!
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