sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Nostalgia diversa em versos

Cai à tarde.
Esmaecida e pálida paisagem
Impávida desfaz-se no poente
Como refém de uma miragem
Pairada e ripada do sol ausente.

A noite invade.
Dissimulada senhora do breu
Esquálida negra luz se recente
Em busca do brilho que perdeu
Para um sol de outro nascente.

Sem alarde
Retira de campo tua poesia
Porque sendo noite ou dia
Os versos ficam desestimulados
Ante a palidez do fim de tarde
Ante a obscuridade do anoitecer.

Talvez o poeta esteja só
Talvez se instale na nostalgia
Quando não gera idéia
Para dizer o poema certo
E não escancare a diferença
De ser.

Quem sabe,
Na manhã do amanhã,
Nunca seja tarde
Quando amanhecer.

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