sábado, 27 de novembro de 2010

Salve, salve o Rio de Janeiro!

Quando o morro era poesia
Inspiração de um trovador,
Nas noites de boemias
No ritmo de um condutor,
Quando a luz dos postes se via
Alguns encontros casuais
Uma roda de samba se ouvia
Nos acordes plurais.

Enquanto o morro dormia
Ao som de versos de amor
Entre copos e fantasias
O poeta e o compositor,
Embalados de nostalgia
Rimando as dores carnais
Um samba a mais se elegia
No enredo dos carnavais.

O que hoje se ouve profana
Ouvidos dos timbaleiros,
O som que agora emana
São ecos de tiroteios,
O fogo que arde em chama
No morro e nos canteiros,
Enquanto o povo reclama
No giro do mundo inteiro.

Porque o Rio de janeiro
Não é dos bandoleiros
É do poeta, do trovador,
Do sambista do sonhador
É o cartão postal brasileiro,
Do Brasil é o porteiro,
Salvem esse padroeiro
Salve, salve Rio de Janeiro!

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