quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Como um nó, cego e acochado


Nunca sou temente a deus
Sou cúmplice!
Combinamos nos olhar
Dentro de nossas essências,
Ambos admirados,
Simplesmente associados
Sem haver diferenças
Sem nenhuma discrepância.

Não preciso orar alto
Basta escutar calada.
De mãos dadas
Seremos condutores
Ou apenas comparsas,
Desse mundo cuja graça
É apenas caminharmos
Sem percorremos distancia.

Entre os astros deste céu.

Nunca penso que sou menor.
O universo não estaria completo
Se eu faltasse!
Sei que faço parte dessa partitura
Criador tal qual criatura,
Diante desse cósmico templo
Todo tempo, sem relutância.

Inebriados neste farto coliseu
Estamos nos braços de Orfeu
Sou um reflexo repousado.

Irmanados neste apogeu
Eu e deus, sem deus
Como um nó, cego e acochado.




3 comentários:

  1. Obrigado pela visita ao meu texto Questões Etéreas.

    Dois versos belíssimos nesta seu texto que me atingiram mais subitamente: "O Universo não estaria completo se eu faltasse." Evidência seu conhecimento sobre física e cosmologia. Outro belíssimo é: "Inebriados neste fato coliseu, estamos no braços de orfeu."

    Parabéns pela sensibilidade do texto. Bravo!

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  2. Reconsidere os erros do corretor no meu comentário:
    *este, *farto, *nos.

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