domingo, 1 de setembro de 2013
Olhos de Porteira
Seguindo o braço de Orion
Entre Sagitário e Perseu,
Pra lá de Betelguese
A gigante estrela vermelha,
Está nosso sol ofuscado
Mas que lumia nossa ceia.
Tão longe de Épsilon
Nossa terra de azul tom,
Permeia entre Vênus e Marte
Arrastando a translação
Enroscada com a rotação
Numa emaranhada teia.
E da terra
No continente do sul
Num país, num estado,
Num município banhado pelo mar
Da varanda de um apartamento
Dois olhos olham o firmamento
A sonhar.
Sem ver todo o cosmo estrelado
Eles sabem o que está lá fora
E sentem num breve piscado
Como a luz é o claro da aurora
O brilho que tanto permeia
É o mesmo do antes e do agora.
Com o coração nos olhos
Abraça o cosmo que serpenteia,
Seus braços erguidos são galhos
O seu olhar uma porteira,
Aonde a vida vem desaguar
Como um rio nas suas veias.
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